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Análise: Debate eleitoral desperta mesmo interesse de jogo da 4ª divisão
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RANIER BRAGON
EDITOR-ADJUNTO DE PODER
Se alguém alimentava expectativa em relação ao debate de anteontem dos candidatos a prefeito de São Paulo, as duas horas e meia do confronto na TV Bandeirantes evidenciaram mais uma vez as limitações desse formato.
Oito candidatos se espremeram em uma camisa de força de cronômetros e regras, algumas delas exigidas pelas próprias campanhas.
Serra e Haddad polarizam debate sobre taxas e finanças da prefeitura em SP
Em nome do equilíbrio, a lei obriga as TVs a chamar nanicos e exóticos de sempre e a dar a eles peso similar ao dos grandes partidos.
Ou seja, como ocorreu anteontem, o telespectador é obrigado a ouvir Levy Fidelix (PRTB) --bienalmente candidato a presidente, governador, deputado, prefeito, vereador-- desfraldar propostas que muito provavelmente terão peso nulo na campanha.
E a testemunhar José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) direcionar perguntas a Levy, como se, longe de tentar escapar do confronto, estivessem de fato interessados em ouvir as opiniões do candidato do PRTB.
Além dos problemas de formato, debate a dois meses das eleições e concorrendo com julgamento do mensalão e Olimpíada tem pouquíssima chance de atrair atenção.
É como um duelo entre Cerâmica (RS) e Cianorte (PR), que no mês passado reuniram 50 pagantes em um jogo da 4ª divisão do Brasileirão.
A todas esses obstáculos junta-se o comichão de classificar qualquer crítica ou ataque mais contundente entre adversários como "baixaria".
O que conspira para debates "chatérrimos", como o do Rio --também ocorrido anteontem--, na visão de um dos próprios participantes, o prefeito Eduardo Paes (PMDB).
Ao contrário da maioria do eleitorado, candidatos e marqueteiros dão importância a debates a essa altura do ano.
É a oportunidade para testarem na praça, a poucos dias do começo do horário eleitoral na TV, promessas e vacinas contra ataques.
Haddad, por exemplo, repetiu o discurso de que faz aliança "com partidos", não com pessoas, quando o assunto é Paulo Maluf. E, em época de mensalão, que deu aula de ética na USP.
Serra empilhou números produzidos pela gestão iniciada por ele e sucedida por Gilberto Kassab, discurso que usará para tentar minimizar a alta rejeição do prefeito.
Há mais seis debates previstos até o primeiro turno. A favor deles conta o fato do aumento do interesse com a proximidade do pleito e a tentativa de organizadores de, quando possível, limitar participantes e suavizar regras.
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