Descrição de chapéu Eleições 2018

Alckmin muda tom sobre ataque à caravana de Lula e diz que 'violência tem que ser condenada'

Ele manteve críticas ao partido: 'É papel de homens públicos pregar a paz e a união'

São Paulo

Um dia depois de afirmar que os petistas "estão colhendo o que plantaram" com o ataque a tiros à caravana de Lula, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), modulou o discurso e publicou nas redes sociais que "toda forma de violência tem que ser condenada".

"É papel das autoridades apurar e punir os tiros contra a caravana do PT", disse em texto publicado na manhã desta quarta (28), mas acrescentou uma crítica aos adversários políticos: "E é papel de homens públicos pregar a paz e a união entre os brasileiros. O país está cansado de divisão e da convocação ao conflito."

O tucano havia dito a primeira frase na noite desta terça (27), antes de assistir à pré-estreia de "Nada a Perder", cinebiografia do bispo Edir Macedo. Alckmin é pré-candidato à Presidência da República. Na ocasião, ele havia acrescentado que não defende a violência, e sim "o debate de ideias".

Nesta quarta, outro presidenciável comentou o episódio em redes sociais. Ciro Gomes (PDT) disse que "o ataque criminoso à caravana do ex-presidente Lula é absurdo e deve ser investigado com rigor". "E repito a pergunta: quem matou Marielle?", questionou.

O ataque à comitiva de Lula aconteceu na cidade de Quedas de Iguaçu, no Paraná. Dois dos três ônibus da caravana do ex-presidente foram atingidos por quatro tiros. 

Um dos veículos, que era ocupado por jornalistas e era o último do comboio, teve duas perfurações na lataria —dos dois lados. Outro tiro atingiu de raspão um dos vidros do mesmo veículo. Ninguém se feriu.

O outro ônibus atingido por um tiro levava convidados e estava no meio da comitiva, onde geralmente segue o veículo do ex-presidente. Lula estava no ônibus da frente. 

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.