Para Gilmar, prisões da Skala certamente serão questionadas, diz jornal

'O importante é que não haja exorbitância', afirmou em Paris o ministro do STF

Para o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, as prisões realizadas na Operação Skala podem ser questionadas na Justiça.

O ministro Gilmar Mendes. Sessão da 2å Turma do STF, sob a presidência do ministro Edson Fachin
O ministro Gilmar Mendes. Sessão da 2å Turma do STF, sob a presidência do ministro Edson Fachin - Pedro Ladeira - 2.fev.18/Folhapress

Entre os detidos pela operação da Polícia Federal estão dois amigos de Michel Temer (MDB), José Yunes e o coronel João Baptista Lima, e o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi, pai do líder na Câmara do partido de Temer, Baleia Rossi. 

"Isso deve ser olhado com muito cuidado", disse Mendes nesta quinta-feira (29), em passagem por Paris, segundo o jornal "O Globo". "Certamente também haverá questionamentos sobre essas prisões, e isso será analisado. O importante é que se façam as coisas segundo o devido processo legal, que não haja exorbitância, e que se houver aqui ou acolá um equívoco, que o tribunal possa corrigi-lo."

A PF havia requisitado conduções coercitivas de envolvidos na investigação. Essas medidas, no entanto, estão proibidas desde dezembro por uma liminar de Gilmar.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, entendeu que cabia, então, determinar as prisões temporárias dos envolvidos, para viabilizar a coleta simultânea de depoimentos, e impedir a destruição de provas.

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