Descrição de chapéu Eleições 2018

Razão de aliança do PRB com MDB é chegar à vitória, diz Flavio Rocha

Ele reforçou a necessidade de uma candidatura liberal na economia e conservadora nos costumes

Thais Bilenky
São Paulo

O pré-candidato a presidente Flavio Rocha (PRB) afirmou nesta quarta-feira (18) que “a razão de existência dessa aliança [com o MDB] é chegar à vitória”.

Após palestra a investidores promovida pelo banco Santander, em São Paulo, Rocha disse que não abrirá mão da cabeça de chapa, mas que Henrique Meirelles (MDB) seria um bom vice.

Ele considerou que a gestão de Meirelles no Ministério da Fazenda teve efeitos surpreendes e milagrosos, em suas palavras.

E reforçou a necessidade de se lançar à Presidência para preencher o vácuo de uma candidatura liberal na economia e conservadora nos costumes. Seria uma campanha voltada à “indignação com a erosão de valores, que está ligada à explosão da criminalidade e da corrupção”, afirmou.

Questionado como explicaria a aliança com o MDB, que está no coração da Lava Jato, Rocha disse que ela não implica anistia ou conivência. “A culpa é individual, não coletiva.”

Dono e ex-presidente da Riachuelo, Rocha afirmou que não está descartada a nomeação de quadros da Igreja Universal, ligada ao PRB, caso eleito. “Nem da Universal, de muçulmanos, católicos ou ateus”, disse, condenando qualquer tipo de discriminação.

BOLSA FAMÍLIA 

O pré-candidato afirmou que o Bolsa Família poderia ser muito menos pela via da criação de emprego.

“Não digo que vou cortar o Bolsa Família, vou deixá-lo onde é necessário para atender a demanda”, afirmou, mas criticou a dependência de cidadãos do Estado.

“Vamos fazer com que o sonho seja empreender e não passar em concurso público.”

ESCRAVIDÃO 

Rocha disse que a legislação trabalhista é muito rigorosa no tocante a trabalho análogo à escravidão.

Em 2017, o Ministério Público do Trabalho ajuizou ação civil pública pedindo indenização de R$ 37 milhões contra a Guararapes, empresa que controla a Riachuelo, questionando os contratos com os terceirizados, que teriam menos direitos.

“Há um vazio legislativo grande e acho que até intencional do que é trabalho escravo”, disse. 

“Tem empresas sendo autuadas por falta de papel higiênico e extintor descarregado. É impressionante o que se faz a título de defender o trabalhador.”, completou.

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.