Alckmin diz que, se precisar, presta contas de novo em inquérito sobre suposto caixa dois

O tucano tem evitado se posicionar sobre alianças eleitorais para as próximas eleições

Presidenciável Geraldo Alckmin, durante encontro da Frente Nacional de Prefeitos em Niterói (RJ) nesta quarta (9)
Presidenciável Geraldo Alckmin, durante encontro da Frente Nacional de Prefeitos em Niterói (RJ) nesta quarta (9) - Ricardo Borges - 9.mai.18/UOL
Thais Bilenky
São Paulo

O pré-candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) disse que, se precisar, prestará contas novamente sobre o inquérito que apura se houve caixa dois em suas campanhas ao governo paulista.

Questionado sobre o pedido do procurador-geral de Justiça de SP, Gianpaolo Smanio, para avaliar qual instância tocará o caso, o tucano afirmou que “não tem problema”.

“Eu nem foro privilegiado tenho. Sou contra essa coisa de privilégio. Já prestei contas e, se precisar, a gente presta de novo”, afirmou Alckmin, nesta quinta-feira (10).

Em visita à feita supermercadista Apas Show, em São Paulo, o presidenciável brincou, quando perguntado se marcou encontro com o presidente Michel Temer para discutir eventual aliança entre PSDB e MDB.

“Estou tentando marcar um encontro com a Lu [sua mulher], porque faz dois dias que não chego em casa”, disse, sorrindo.

O tucano tem evitado se posicionar sobre alianças eleitorais.  A aproximação entre ele e Temer gerou  reação negativa, liderada pelo DEM, negativa. Partidos passaram a dizer que articulam uma chapa em contraponto.

Alckmin, como outras lideranças partidárias, diz que as definições serão conhecidas entre junho e julho.

O tucano disse que não marcou conversa com Temer, mas que o fará.

“Tenho conversado com quase todos os partidos. É importante. MDB é o maior partido. Não é um diálogo para fazer coligação, é sobre o momento político”, afirmou.

O tucano disse que encontrou no avião o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, e eles ficaram de tomar um café em Brasília na semana que vem.​

FORO ESPECIAL

Sobre foro especial, Alckmin defendeu uma restrição a casos ligados ao exercício do mandato, como sugerido pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal.

“Qual é a lógica do foro? Qual a razão disso, de ter uma coisa diferente? É para o exercício do mandato, para a palavra, para a opinião, não é para o camarada atropelar alguém, matar, dar um tiro, é para o exercício do mandato”, afirmou.

“Se não, você é coagido, processado, atemorizado. Essa é a lógica. Fora disso, não tem nenhuma lógica, nenhum sentido.”

Alckmin chamou jornalistas que o acompanham na feira para ouvir uma declaração de apoio de João Sanzovo Neto, presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), ex-prefeito de Jaú (SP) pelo PSDB.

“É o mais preparado para presidir o Brasil e preparar o Brasil para o futuro”, disse Sanzovo.

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.