Justiça liberta suspeitos de fraudes e desvios em obras do Rodoanel

Apurações sobre adendos contratuais levaram servidores e ex-funcionários da Dersa à prisão

Flávio Ferreira
São Paulo

A Justiça Federal determinou a soltura de oito dos 15 suspeitos presos temporariamente na Operação Pedra no Caminho, que apura fraudes e desvios nas obras do trecho norte do Rodoanel.

Obras do Rodoanel trecho norte sob suspeita de sobrepreço
Obras do Rodoanel trecho norte sob suspeita de sobrepreço - Jorge Araujo/Folhapress

A decisão foi proferida na noite desta sexta (22) em favor dos investigados Carlos Henrique Lemos, Márcio Aurélio Moreira, Daniel de Souza Filardi, Enrique Martinez, Carlos Prado, Jairo Santos, Janaína Mariano e Hélio Correa.

A juíza da 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo Maria Isabel do Prado determinou a libertação após o Ministério Público Federal alegar que não havia mais interesse na prisão deles para o andamento das investigações.

O ex-presidente da Dersa e ex-secretário estadual no governo de Geraldo Alckmin (PSDB-SP) Laurence Casagrande Lourenço, o ex-diretor de Engenharia da Dersa Pedro da Silva e outros cinco suspeitos não obtiveram a soltura.

O prazo da prisão temporária termina na segunda-feira (25), mas o Ministério Público e a Polícia Federal podem pedir a prorrogação por mais cinco dias ou a conversão em prisão preventiva, que não tem prazo.

Segundo a polícia e o Ministério Público, a estatal paulista Dersa assinou na gestão de Geraldo Alckmin (PSDB-SP) aditivos irregulares nas obras do Rodoanel que levaram a prejuízos de mais de R$ 600 milhões.

De acordo com as investigações da Polícia Federal e da Procuradoria, foram beneficiadas pelos aditivos as construtoras OAS e Mendes Júnior, que já são investigadas na Operação Lava Jato. ​

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