Descrição de chapéu Eleições 2018

Skaf abre propaganda com história pessoal e sem ataques a Doria

Candidatos da chapa do emedebista ao senado falarão de violência contra a mulher e agronegócio

Joana Cunha
São Paulo

O candidato do MDB ao governo do estado de São Paulo, Paulo Skaf vai abrir sua propaganda eleitoral na TV nesta sexta-feira (31) com uma apresentação de sua biografia e, por enquanto, sem críticas a seu principal rival na corrida, o ex-prefeito João Doria (PSDB). 

Os candidatos ao Senado em sua chapa, Maria Aparecida Pinto, psicóloga conhecida como Cidinha, e Marcelo Barbieri, ex-prefeito de Araraquara, entrarão com falas sobre violência contra a mulher e agronegócio, respectivamente. 

O emedebista vem afirmando em eventos de campanha nos últimos dias que não quer atacar o adversário Doria, embora esteja disputando a liderança das pesquisas de intenção de votos com o tucano. A pesquisa Datafolha mais recente mostra um cenário polarizado entre Doria, com 25%, e Skaf com 20%. Os outros adversários aparecem muito atrás, com mais de 15 pontos de desvantagem. 

Candidato ao governo de São Paulo, Paulo Skaf não ataca adversário João Doria
Candidato ao governo de São Paulo, Paulo Skaf não ataca adversário João Doria - Eduardo Anizelli - 30.ago.2018/Folhapress

Até mesmo no debate realizado pela TV Bandeirantes há cerca de duas semanas, em que o tucano foi o maior alvo dos ataques dos competidores em geral, Skaf poupou o ex-prefeito. Diferentemente dos outros candidatos, que fizeram provocações diretas a Doria, Skaf manteve seus ataques à figura do PSDB, preferindo criticar a gestão da segurança no governo paulista, há 24 anos comandado pelo PSDB.

Com apenas 4%, o governador Marcio França (PSB) já não é visto como forte preocupação por membros da equipa de campanha de Skaf, assim como Luiz Marinho (PT), que também ronda os 4% na última pesquisa, realizada entre os dias 20 e 21 de agosto, com 2.018 entrevistados e margem de erro de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo. A avaliação é a de que França não tem potencial para atrair os eleitores de direita e centro-direta que hoje se dividem entre Skaf e Doria.

Caso chegue ao segundo turno tendo o tucano como adversário, a equipe de Skaf acredita que teria mais chances de herdar o eleitorado que votou à esquerda no primeiro turno porque o ex-prefeito construiu sua imagem como o antipetista. 

A alta rejeição que Doria acumulou após renunciar ao cargo de prefeito da capital sem ter cumprido suas principais promessas para disputar o governo do estado é vista com otimismo por apoiadores de Skaf. De acordo com o Datafolha, 32% do eleitorado paulista não votaria em Doria de jeito nenhum. Skaf é o segundo mais rejeitado, com 21%. 

Ainda há espaço para disputar uma grande margem de eleitores que não definiram seu voto até o momento. O Datafolha aponta que 37% dos eleitores não têm candidato. Desse grupo, 26% pretendem votar em branco ou nulo e 11% estão indecisos.

Doria tem vantagem sobre Skaf tanto no grupo dos mais ricos (38% a 21%) quanto no dos menos instruídos (22% a 13%). No interior do estado, o tucano também tem vantagem, com 26%, ante 19% do emedebista.

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