O deputado federal Wadih Damous (PT) ingressou com representação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) solicitando a proibição da veiculação da entrevista gravada com o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, para a TV Record, programada para ir ao ar às 22 horas desta quinta-feira (4).
No mesmo horário os outros candidatos à Presidência participarão do debate da TV Globo, agendado antes do início da campanha. Bolsonaro anunciou que não participará do debate por orientação médica, já que se recupera de uma facada no abdômen.
Para Damous, a entrevista “possui o cristalino escopo de macular o livre arbítrio do eleitor induzindo-o a assistir entrevista de um candidato enquanto os concorrentes ao mesmo cargo se encontram em outra emissora, no mesmo horário, por competição entre canais de TV” e por isso “carece de ser recriminada por esse Egrégio Tribunal Superior Eleitoral”.
O petista solicita que o TSE proíba a Record de veicular a entrevista “por se tratar de tratamento distinto entre candidatos, ou a sua transmissão por qualquer meio que seja, seja pela emissora ou pelo próprio candidato, sob pena de multa pelo descumprimento de R$ 10 milhões de reais”.
“Caso se admita a prática de tal estratégia estar-se-á diante de uma verdadeira afronta a licitude das eleições, especialmente porque os negócios empresariais não podem se sobrepor ao interesse coletivo do eleitor que tem o direito de tomar conhecimento das propostas dos postulantes, para decidir livremente em qual candidato votar”, diz o documento.
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