Descrição de chapéu Eleições 2018

Doria diz não ser igual a Bolsonaro e que se diferencia no tema das mulheres

Tucano também defendeu reavaliação do PSDB e que partido 'saia do muro'

Artur Rodrigues

No primeiro pronunciamento após o fim do primeiro turno, o candidato ao governo pelo PSDB, João Doria, afirmou nesta segunda-feira (8) não ser igual a Jair Bolsonaro (PSL) e citou diferenças em relação a ele nos temas da ditadura militar e das mulheres.

Neste domingo (7), logo após o resultado do primeiro turno, ele anunciou apoio ao militar contra o PT de Fernando Haddad no segundo turno da campanha presidencial.

No entanto, pontuou diferenças em relação ao candidato do PSL. 

"Não sou igual ao Bolsonaro e não apoio integralmente as posições de Jair Bolsonaro. Votarei em Jair Bolsonaro, contra o PT, a esquerda, Haddad e Lula. Mas não endosso tudo", disse, ao ser questionado sobre a ditadura militar. "Endosso sim as políticas econômicas que ele manifestou e fundamentadas no trabalho de Paulo Guedes".

Questionado sobre outra diferença em relação ao militar, disse: "No campo das mulheres. Meu apoio integral às mulheres, proteção às mulheres, igualdade das mulheres, o valor das mulheres e aquilo que elas representam".

O PSDB fez fortes ataques a Bolsonaro neste tema, mas, para Doria, isso se tratou de consequência de uma "campanha dura". 

Doria também defendeu uma reavaliação por parte do PSDB. "Continuarei no PSDB, vou lutar pelo PSDB, mas um PSDB moderno, que entenda que liberalismo é fundamental para resgatar o crescimento. E no que depende de mim eu decreto o fim do muro". 

Na entrevista, ele tentou colar em Márcio França (PSB) a imagem de esquerdista. "Márcio França representa a velha política, populista, genérico do PT", disse.

Doria afirmou também que conquistará os eleitores de Paulo Skaf (MDB) com suas propostas, ao ser perguntado sobre eventual apoio do candidato derrotado a França. "O maior capital do povo brasileiro é o seu povo. Ninguém é dono de ninguém. Nós vamos buscar aqueles eleitores pelas nossas propostas, eles não vão aceitar ordens do Paulo Skaf". 

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