Descrição de chapéu Eleições 2018

Em transição, Temer oferece Granja do Torto e avião da FAB a Bolsonaro

Residência oficial precisará passar por pequenas reformas, como pintura de paredes e troca de tapetes

Gustavo Uribe
Brasília

O presidente Michel Temer informou nesta domingo (28) que oferecerá ao seu sucessor, Jair Bolsonaro, a Granja do Torto para ele permanece durante o período de transição de governo.

Em pronunciamento oficial, no Palácio da Alvorada, ele ressaltou ainda que colocará à disposição do capitão reformado aeronave da FAB (Força Aérea Brasileira) para ele se deslocar com segurança.

O presidente Temer vota no segundo turno das eleições 2018 - Xinhua/Cesar Itiberê

A residência oficial foi usada em períodos de transição pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Para abrigar o presidente eleito, ele precisará passar por pequenas reformas, como pintura de paredes e troca de tapetes.

"Eu oferecerei a Granja do Torto. Se ele quiser ocupá-la, pode fazê-lo", disse. "Isso [aeronave] está à sua disposição se for necessário para garantir sua segurança", ressaltou.

Em uma breve fala, Temer disse acreditar que Bolsonaro fará um governo de muita "paz", "união" e "harmonia". E relatou detalhes da conversa que teve com o militar pelo telefone.

"Eu pude perceber um entusiasmo de quem busca a pacificação, harmonia e união. A partir de agora, iniciaremos a transição", ressaltou.

Para o presidente, a população brasileira exerceu neste domingo (28) o seu poder em um processo eleitoral que, segundo ele, foi marcado pela tranquilidade, harmonia e soberania popular.

Em conversas reservadas, Temer já demonstrava preferência por Bolsonaro desde o início do segundo turno.

Com base em acenos feitos pelo então candidato, a expectativa do presidente é de que ele mantenha iniciativas como o teto dos gastos e a reforma trabalhista, medidas que ele considera as principais conquistas de sua administração.

Perguntado, Temer disse que oferecerá a ideia a Bolsonaro de fazer tramitar ainda neste ano a reforma previdenciária, mas ressaltou que ela só pode ir adiante com o respaldo do presidente eleito.

A equipe do presidente eleito, contudo, já descartou essa possibilidade e o próprio Temer já disse a deputados e senadores que não considera haver clima político para votá-la neste ano.

"Se for modificar demais, evidentemente não dá tempo. Mas [é possível] se o presidente eleito quiser avançar na proposta que já está", disse.

No final do pronunciamento, quando já se retirava do hall palaciano, o presidente foi questionado o que achou do movimento "Fica Temer", estimulado em tom de brincadeira por internautas contrários à posse do militar.

"É simpático", disse, sorrindo. 

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