Descrição de chapéu Eleições 2018

Fátima Bezerra, do PT, e Carlos Eduardo, do PDT, disputam segundo turno no RN

Estado é o mais violento do Brasil segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública

São Paulo

A petista Fátima Bezerra e o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) passaram para o segundo turno no Rio Grande do Norte.

A senadora licenciada foi a líder da disputa com 46% dos votos, um total de 748.150. O ex-prefeito da capital ficou em segundo lugar, com 32% (525.933 votos). Já o atual governador Robinson Faria (PSD) não conseguirá se reeleger. Ele obteve 12% dos votos (192.037), ficando em terceiro lugar.

Se vencer no dia 28, Fátima será a primeira petista a comandar o estado, tradicionalmente dominado por quatro clãs: os Alves, os Maia, os Rosado e os Faria.

A senadora licenciada Fátima Bezerra (PT), durante sessão do impeachment de Dilma em 2016
A senadora licenciada Fátima Bezerra (PT), durante sessão do impeachment de Dilma em 2016 - Eduardo Anizelli/Folhapress

Fátima foi eleita senadora na última eleição. Paraibana de Nova Palmeira, ela se mudou para Natal nos anos 70, onde iniciou carreira política. A petista é pedagoga e com forte inserção no interior do Estado.

Adversário da senadora licenciada, o ex-prefeito de Natal é primo de Henrique Alves e Garibaldi Alves.

O ex-ministro Henrique Eduardo Alves foi preso em desdobramento da Operação Lava Jato e não se candidatou. Ele era o principal articulador político da família, fazendo o contato com prefeitos e coordenando campanhas.

Também investigado na Lava Jato, Garibaldi (MDB) tenta se reeleger senador.

A crise financeira e a segurança pública no estado foram os principais temas debatidos pelos candidatos na eleição.

O Rio Grande do Norte é o estado mais violento do país, segundo o 12º Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado em agosto.

De acordo com o levantamento, o estado registrou 68 mortes a cada 100 mil habitantes, mais que o dobro da média nacional. Em janeiro do ano passado, foi palco de massacre no presídio de Alcaçuz, quando uma disputa de facções deixou 26 mortos.

A polícia potiguar está sucateada e chegou a decretar greve em dezembro agravando ainda mais a crise na segurança pública.

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