Descrição de chapéu Eleições 2018

Membros históricos do PSDB, Goldman e Andrea Matarazzo aconselham Skaf na campanha

Hoje filiado ao PSD, Matarazzo tem papel central no entorno do emedebista

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São Paulo

Quadros históricos do PSDB, Alberto Goldman e Andrea Matarazzo (hoje no PSD, que oficialmente integram a coligação de João Doria (PSDB), são dois dos principais interlocutores de Paulo Skaf (MDB), candidato a governador de São Paulo.

Tanto Goldman, ex-governador paulista e ex-presidente nacional do PSDB, quanto Matarazzo integram uma ala tradicional do partido, próxima do senador José Serra (PSDB-SP). 

Dois colaboradores ligados a Serra também estão aconselhando Skaf: Francisco Luna, ex-secretário estadual de Planejamento, e Mauro Ricardo, ex-secretário estadual da Fazenda e criador da Nota Fiscal Paulista.  

 

Luna e Ricardo atuam na campanha do emedebista apenas em caráter consultivo. O texto foi coordenado por André Rebelo, assessor de Assuntos Estratégicos da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Após Skaf manifestar apoio a Jair Bolsonaro (PSL) na disputa presidencial nesta quinta-feira (4), Goldman afirmou que se reuniu com o emedebista várias vezes. Disse que se fosse, de fato, integrante de um conselho político, seria consultado sobre o apoio ao capitão reformado ----e se manifestaria contra.

Auxiliares de Skaf comentam que Matarazzo e Goldman são “apenas a ponta de um iceberg”, referindo-se ao grupo de apoiadores e assessores históricos do tucanato que são ligados aos dois líderes e estão embarcando na candidatura do presidente licenciado da Fiesp.

Ambos, além disso, são opositores notórios a João Doria. Matarazzo deixou o partido em 2016, após retirar-se da disputa das prévias para a Prefeitura. Goldman é inimizade do ex-prefeito e, há meses, vem gravando vídeos contra ele.

Em conversas por telefone e encontros semanais, Matarazzo e Goldman dão ideias e traçam avaliações do cenário político para Skaf, que está em sua terceira tentativa de chegar ao Bandeirantes.

Alguns dos assessores do tucano e do pessedista têm, inclusive, trabalhado com a parte operacional da campanha, mobilizando bases no estado.

As pesquisas, hoje, apontam para um possível segundo turno entre Doria e Skaf. Eles registraram, respectivamente, 25% e 22% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha divulgada na última sexta-feira (28). Sondagem do Ibope de quarta-feira (3) mostrou cenário semelhante.

A campanha de Skaf ainda discute qual será o papel de Goldman e Matarazzo, hoje o principal interlocutor político de Skaf, numa próxima etapa do pleito. 

Por ora, o candidato fez questão de mostrar seus apoiadores aos adversários. Na terça (2), chamou os conselheiros para acompanhá-lo no debate da TV Globo. Goldman colou na lapela um adesivo com o número 45, do PSDB, sem nenhuma menção a Doria, advogando pela candidatura à Presidência de Geraldo Alckmin.

A aproximação de filiados históricos do PSDB a Skaf é mais um sintoma da erosão das bases tucanas no estado para a sucessão de Geraldo Alckmin no governo.

João Doria, o candidato do partido, empolgou a juventude e, entre os veteranos, conta com o apoio do ex-deputado federal Julio Semeghini, secretário municipal de Governo.

Márcio França (PSB), que sucedeu Alckmin e disputa a reeleição, manteve-se próximo de nomes fortes do ex-governador tucano, como o secretário de Governo Saulo de Castro e o secretário licenciado de Energia, João Carlos de Souza Meirelles. 

O pessebista também angariou tucanos que deixaram o PSDB por discordarem de Doria, como o deputado estadual Barros Munhoz (PSB) e o vereador e candidato ao Senado Mario Covas Neto (Podemos), coligado com França.

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