Mourão teve febre e dor antes de fazer teste da Covid, diz Vice-Presidência

Vice recebeu diagnóstico positivo neste domingo (27), mas detalhes de seu estado de saúde só foram divulgados nesta segunda (28)

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Brasília e Santos

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), 67, teve febre e dores no corpo e na cabeça antes de ser diagnosticado com Covid-19.

A informação de que Mourão recebeu o diagnóstico positivo para a doença foi divulgada neste domingo (27) pela Vice-Presidência.

Na primeira nota oficial, não havia nenhuma informação se o vice estava com sintomas. O texto apenas disse que Mourão permanecerá em isolamento no Palácio do Jaburu em Brasília, sua residência oficial.

Nesta segunda-feira (28), porém, a Vice-Presidência detalhou os motivos que levaram o general a realizar o teste para detecção do vírus.

"Antes de ter sido diagnosticado com Covid-19, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, apresentou mialgia (dor no corpo), cefaléia (dor de cabeça) e febre, que não passou de 38 graus, o que o levou a fazer o exame, confirmando o teste posivo no dia de ontem (27)", diz o comunicado sobre o vice.

Ainda de acordo com a nota, Mourão tem bom quadro de saúde. Ele está usando remédios para dor e febre, além de hidroxicloroquina, azitromicina e Annita (um antiparasitário).

Também nesta segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), após participar de um jogo beneficente de futebol em Santos (SP), afirmou a jornalistas que indicou a Mourão que tomasse hidroxicloroquina.

"O vice é maior de idade. Para, não fica me enchendo o saco, não. Falei para ele toma hidroxicloroquina, eu não inventei a hidroxicloroquina."

Bolsonaro esteve em campo por cerca de dez minutos e fez um gol na partida.

O presidente Jair Bolsonaro comemora seu gol durante jogo beneficente na Vila Belmiro, em Santos, no litoral paulista
O presidente Jair Bolsonaro comemora seu gol durante jogo beneficente na Vila Belmiro, em Santos (SP), nesta segunda-feira (28) - Eduardo Anizelli/Folhapress

O uso da hidroxicloroquina e da azitromicina para tratamento da Covid-19 é defendido por Bolsonaro, mas as substâncias não têm eficácia científica comprovada contra o coronavírus.

Já o antiparasitário Annita é propagandeado pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, mas estudos indicaram que ele não reduz sintomas da doença. Pessoas com mais de 60 anos são consideradas grupo de risco pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

Entre as autoridades brasileiras que já contraíram o vírus, estão 14 ministros do governo e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) —ele mesmo foi infectado em julho, mas se recuperou sem maiores sintomas.

O último membro do primeiro escalão a receber exame positivo para a doença foi o ministro Tarcísio de Freitas (Infraestrutura).​

Também já foram infectados os ministros Augusto Heleno (Segurança Institucional); Bento Albuquerque (Minas e Energia); Onyx Lorenzoni (Cidadania); Milton Ribeiro (Educação); Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia); Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União); Braga Neto (Casa Civil); Jorge Oliveira (Secretaria-Geral); Marcelo Álvaro Antônio (Turismo); Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo); Fábio Faria (Comunicações); Eduardo Pazuello (Saúde) e André Mendonça (Justiça).

No início de dezembro, o Comandante do Exército, general Edson Pujol, também recebeu exame positivo para o coronavírus.

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