PP anuncia apoio a Pacheco e amplia força de candidato de Alcolumbre e Bolsonaro no Senado

Simone Tebet (MDB) deve receber os primeiros apoios nesta quarta e embaralhar a disputa

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Brasília

​Um dia após a definição de Simone Tebet (MDB-MS) como candidata do MDB para a eleição no Senado, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) voltou a aumentar a sua vantagem momentânea na disputa. O PP anunciou nesta quarta-feira (13) que vai apoiar o senador mineiro na eleição de fevereiro.

Pacheco é o candidato do atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que vem atuando nas articulações para obter apoio em seu favor. É também o preferido do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que já informou sua opção ao MDB e declarou publicamente que tem "simpatia" por Pacheco.

O PP conta com sete senadores.

Pacheco numa bancada falando ao microfone da mesa diante de uma tela de computador
O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) durante reunião de comissão no Senado - Roque de Sá - 10.mar.2020/Agência Senado

"A bancada do Progressistas no Senado Federal, em reunião na manhã desta quarta-feira (13), decidiu apoiar a candidatura do senador Rodrigo Pacheco à presidência da Casa nas eleições que se aproximam", informou nota da liderança da bancada, assinada pelo senador Ciro Nogueira (PI).

"Acreditamos que o senador Rodrigo Pacheco se identifica com os anseios progressistas de unificar o Senado Federal em torno de projetos que vão garantir a retomada do crescimento econômico do país pós-pandemia e as reformas de que o Brasil precisa", completa o texto.

Com a nova adesão, o bloco de apoio a Pacheco agora conta com oito siglas —DEM, PL, PP, PROS, PSC, PSD, PT e Republicanos— que reúnem um total de 39 parlamentares.

Na prática, no entanto, a lista de apoio considera 38 senadores. Isso porque o senador suplente Ney Suassuna (Republicanos-PB) deve se ausentar, com o retorno de Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), que se filiou ao MDB nesta terça.

São necessários 41 votos para ser eleito. E, como a votação é secreta, existe a possibilidade de traições.

O fechamento de alianças de uma maneira rápida, para provocar um "efeito manada", era uma das estratégias de Alcolumbre e Pacheco. Por isso o partido acelerou articulações para obter o máximo de apoio antes da definição do nome do MDB.

O senador mineiro vai enfrentar Tebet, anunciada nesta terça como candidata do MDB, que possui a maior bancada da Casa, com 15 senadores.

Existe a expectativa que o apoio à senadora cresça com o provável anúncio das bancadas de Podemos, PSDB e Cidadania.

Em um indício do apoio tucano, a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) publicou em suas redes sociais, de maneira independente, que vai apoiar Tebet na eleição.

"Colegas senadores, vamos eleger Simone Tebet à presidência do Senado. Independência dos Poderes e harmonia, sem polarização. Simone representa renovação, seriedade, diálogo, além de valorizar a força da mulher na política", escreveu Gabrilli.

Tebet esteve reunida na manhã desta quarta-feira com a bancada do Podemos para defender a sua candidatura. O partido tem Álvaro Dias (Podemos-PR) como um dos seis pré-candidatos do bloco suprapartidário Muda Senado.

No entanto, nos últimos dias, cresceram as chances de que Podemos, PSDB e Cidadania anunciem juntos seu apoio, como uma forma de fortalecimento do bloco partidário informal, independente do Muda Senado. Os três partidos concentram 19 senadores.

O PSL, que também tem um pré-candidato, Major Olímpio (SP), ainda pode aderir ao bloco, com seus dois senadores. Também não definiram apoio até o momento o PDT (3 senadores), a Rede (2) e o PSB (1).

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