Com pandemia no auge, Bolsonaro aperta a mão de 57 militares das Forças; em 2020, recebeu cotovelos

Ao saudar oficiais da Marinha, presidente removeu a máscara, que também não foi usada por militares em evento de um ano atrás

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Brasília

No auge da pandemia de Covid-19 no Brasil, o Palácio do Planalto teve nesta quinta-feira (8) uma cerimônia presencial para o cumprimento de oficiais-generais que haviam sido promovidos em um outro evento das Forças Armadas horas antes.

Os convidados estavam de máscara —alguns usavam, inclusive, duas. Sem o equipamento de proteção, apenas os músicos da banda que tocavam instrumentos de sopro —e, por alguns momentos, o presidente Jair Bolsonaro.

Sem máscara, o presidente Jair Bolsonaro cumprimenta militar durante cerimônia no Palácio do Planalto
Sem máscara, o presidente Jair Bolsonaro cumprimenta militar durante cerimônia no Palácio do Planalto - Pedro Ladeira/Folhapress

Na cerimônia, cada um dos 57 militares, alguns com suas companheiras, se dirigia ao dispositivo de honra para apertar as mãos de Bolsonaro, do vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), da vice-primeira-dama, Paula Mourão, do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, da esposa dele, Kathya Maria Braga Netto, do general da reserva Augusto Heleno (ministro do GSI), além das do comandante de cada Força.

Diante do primeiro militar, integrante da Marinha, Bolsonaro removeu sua máscara para começar a apertar as mãos. Ao fim do primeiro bloco de saudações, o presidente tornou a vestir a máscara, antes de começar os cumprimentos a oficiais do Exército e da Aeronáutica.

Este não foi o primeiro episódio envolvendo cumprimentos de Bolsonaro a militares durante a pandemia.

Em 30 de abril do ano passado, durante visita ao Comando Militar do Sul, em Porto Alegre, Bolsonaro estendeu a mão e recebeu de volta saudação com os cotovelos, como mandava, desde aquela época, a etiqueta médica para evitar a proliferação do novo coronavírus. Na ocasião, porém, além do presidente, os militares também estavam sem máscara.

O primeiro a responder com o cotovelo na época foi o general Edson Pujol, que à época era comandante do Exército brasileiro, a autoridade máxima da instituição. Pujol foi demitido na semana passada, após troca em toda a cúpula militar brasileira, no que se tornou a maior crise nas Forças Armadas desde 1977.

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