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Lula diz que quer Haddad no Governo de SP e pede 'compreensão' a PSB e PSOL

Ex-presidente afirmou em entrevista que Haddad tem boas chances de se eleger governador

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São Paulo | UOL

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta (9) que Fernando Haddad (PT) tem boas chances de se eleger como o governador de São Paulo.

Em entrevista à Rádio Clube Recife, Lula afirmou que espera "compreensão" dos partidos políticos progressistas para apoiar a candidatura do ex-prefeito da capital paulista ao Palácio dos Bandeirantes.

"Eu trabalho com a ideia de que o Haddad vai ser o governador de São Paulo", disse Lula. "O Haddad está muito maduro, muito consciente. Acho que haverá compreensão do PSB e de outros partidos políticos, do companheiro do PSOL, e, em algum momento, vamos poder anunciar [Haddad como candidato ao governo paulista]."

O ex-presidente Lula participa de evento no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
O ex-presidente Lula em evento no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC - Carla Carniel-29.jan.22/Reuters

Em São Paulo, o PT articula para que PSOL e PSB apoiem Fernando Haddad como o nome para a disputa eleitoral do estado.

Na semana passada, o pré-candidato ao governo paulista pelo PSOL, Guilherme Boulos, se reuniu com Lula. O tema da conversa, no entanto, foi o apoio do partido à candidatura do petista ao Planalto, de acordo com apuração da Folha.

Foi acertado que acontecerá outro encontro para tratar sobre o pleito estadual em São Paulo com os dirigentes de ambos partidos.

Em meio a impasses sobre a disputa para o governo paulista, o ex-governador Márcio França (PSB) já afirmou que considera retirar sua pré-candidatura no pleito estadual a fim de compor uma chapa com Haddad.

"Em julho ou maio, quem estiver na frente é o candidato a governador, e o outro vai compor a chapa do jeito que der", afirmou França, em entrevista à GloboNews. "O PT topou, o Lula topou, a Glesi topou", disse. "O Haddad deve vir a topar também."

Segundo o ex-presidente Lula, o PT tem com Fernando Haddad "muita chance" de, pela primeira vez, conseguir eleger um governador em São Paulo. "Vai ser algo muito importante e uma experiência muito rica para o Brasil e para São Paulo."

O ex-presidente também voltou a falar sobre regulamentação da mídia. Questionado sobre o que pretende fazer neste tema, caso seja eleito no pleito deste ano, ele enfatizou a internet.

"É preciso que haja regulação na imprensa. Você não pode regulamentar a imprensa escrita. Mas você tem internet para regular. Você tem o sistema de televisão. A última regulação no Brasil foi a de 62", disse.

"O que você quer é estabelecer determinadas regras de civilidade nos meios de comunicação."

Lula disse ainda que não adianta "as pessoas falarem que eu quero impor censura. Eu sou vítima de censura", afirmou.

"Você sabe quantos anos a Rede Globo de Televisão fala mal de mim e não dá se quer direito de resposta? Desde 2005. Você sabe quantos anos as outras —Record e SBT— não falam de mim?", questionou.

Lula afirmou querer liberdade de imprensa para que os veículos falem o que quiser, desde que respeitem o direito de resposta e para não haver pensamento único. Ele criticou a difusão de fake news na internet e disse que não pode deixar o setor do jeito que está, "uma fábrica de mentiras".

Em agosto, em entrevista à Rádio Metrópole da Bahia, Lula criticou o formato de regulação existente no país.

"Eu ainda não decidi se sou candidato. Eu estou com muita paciência, estou conversando com muita gente, estou ouvindo muito desaforo, leio muito a imprensa. Tem alguns setores da imprensa que não querem que eu volte a ser candidato. Porque se eu voltar [à Presidência] eu vou regular os meios de comunicação deste país", disse na ocasião.

Com UOL

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