Descrição de chapéu Eleições 2022

Tarcísio cita possibilidade de transferir sede do governo para centro de SP

Ex-ministro de Bolsonaro diz que prédios administrativos poderiam revitalizar região e até acabar com cracolândia.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Tarcísio de Freitas (Republicanos), pré-candidato ao Governo de São Paulo, disse nesta quarta-feira (1º) que, caso seja eleito, considera levar a sede do Executivo estadual do Morumbi para o centro da capital paulista.

"É uma possibilidade concreta, porque beneficia o centro todo se o centro do poder estiver lá", disse o ex-ministro da Infraestrutura, que participou de debate na sede do Sindhosp (sindicato patronal do setor privado de saúde).

O ex-ministro Tarcísio de Freitas, durante evento em São Paulo - Zanone Fraissat - 15.mar.2022/Folhapress

O pré-candidato de Jair Bolsonaro (PL) disse que o governo paulista já esteve em parte do século passado no Palácio dos Campos Elíseos, na região central, e que a alocação de sedes administrativas do governo para o centro de São Paulo seria uma das soluções para revitalizar a região e até acabar com a cracolândia.

Ações policiais que tiveram início no último dia 11 na praça Princesa Isabel, no centro da cidade, espalharam os usuários de drogas pelas ruas da região e paralisaram o mercado imobiliário nos bairros de Campos Elíseos e Santa Cecília.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirma que a dispersão dos usuários de drogas era um passo necessário para combater a cracolândia, um problema crônico instituído no centro da capital paulista.

O Palácio dos Bandeirantes, atual sede do governo paulista desde 1965, está localizado no Morumbi, na zona oeste.

"A cracolândia só vai acabar no dia em que as pessoas estiverem circulando no centro", disse Tarcísio.

Ele recebeu do sindicato uma apostila com propostas para a saúde paulista, mesmo documento que já foi entregue aos outros pré-candidatos ao Palácio dos Bandeirantes.

Em sua fala, o ex-ministro de Bolsonaro apontou, como um dos principais desafios da próxima gestão estadual, as filas para exames e cirurgias, além da melhoria dos serviços de atendimento de emergência.

"Mas para você ter o recurso para atuar nessas questões, tem que olhar o sistema como um todo. A melhoria da atenção primária é fundamental para que evite desperdício. A digitalização é importante para que sobre recurso e consiga melhorar o atendimento de emergência", avalia.

Sobre a retomada do crescimento de casos de Covid-19, ele diz que a situação demanda vigilância permanente e se diz a favor da imunização de cidadãos de todas as idades, além do uso de máscaras.

"O fato de a gente ter tido uma vacinação em massa que proporcionou uma redução de casos não significa que a gente possa baixar a guarda", defende. "O que tiver de medida a ser tomada para atenuar um surto e não pressionar sistemas de saúde tem que ser feito."

Ele também afirma, porém, que, caso seja eleito, "de jeito nenhum" planeja fechar comércios no estado em caso de escalada de casos de Covid-19. "A gente viu que isso não deu certo", diz.

"Isso subtraiu emprego, trouxe problema. Se você toma algumas medidas de proteção, você consegue frear [a contaminação pelo coronavírus] Sou absolutamente contra o fechamento."

O pré-candidato voltou a criticar o uso de câmeras por policiais militares e defender a "valorização dos policiais". Para ele, os paulistas têm uma intensa sensação de insegurança.

"Falam em carro blindado em São Paulo e acham normal. Algo tá muito errado. O que falta agora? Andar de colete?", questiona.

Questionado se teria boa relação com Lula caso este seja eleito presidente da República, ele disse que acha que não terá problema algum. "A gente vai enfrentar uma eleição polarizada, e o debate para o pleito estadual tem tendência a ser federalizado", afirmou.

"São dois titãs se enfrentando em uma eleição [Lula e Jair Bolsonaro]. Os dois maiores líderes políticos da história do Brasil. Duas pessoas que têm conexão direta com o povo", avalia. "Mas, passada a eleição, acabou. E aí precisa governar para todos"

Pesquisa Datafolha de abril para o Governo de São Paulo mostrava, em um dos cenários, Fernando Haddad (PT) liderando com 29%, seguido por Márcio França (PSB), com 20%, Tarcísio, com 10%, e o governador Rodrigo Garcia (PSDB), com 6%.

Pouco conhecido pelos eleitores, o ex-ministro também apontou baixa rejeição, com 16%. O líder neste quesito é o ex-prefeito Fernando Haddad, com 34%.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.