Datafolha: Castro tem 44% dos votos válidos no RJ, seguido por Freixo, com 31%

Cenário é de estabilidade em relação à semana passada; governador mantém mesma vantagem na simulação de 2º turno

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Rio de Janeiro

O governador Cláudio Castro (PL) mantém, a três dias da eleição, liderança isolada das intenções de voto para o Governo do Rio de Janeiro, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (29).

O candidato à reeleição tem 44% dos votos válidos, contra 31% do seu principal rival, o deputado Marcelo Freixo (PSB). O cálculo exclui os entrevistados que declararam votar nulo (10%) ou indecisão (9%).

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Cláudio Castro e Marcelo Freixo - Luis Alvarenga/Governo do RJ e marcelofreixo no Instagram

O cenário é de estabilidade em relação à última pesquisa, realizada na semana passada. Castro e Freixo mantiveram seus percentuais de preferência junto ao eleitorado total (36% e 26%, respectivamente).

A única mudança significativa refere-se à decisão de voto nos dois candidatos. Entre os eleitores do governador, 79% disseram estar totalmente decididos pela escolha —alta de 6 pontos percentuais. A taxa entre os que optam por Freixo é de 73% —11 pontos percentuais a mais do que na última sondagem.

A estabilidade na disputa é uma má notícia para Castro, que tenta liquidar a fatura já no primeiro turno.

O governador teme que os ataques de Freixo a seus aliados ganhem tração no segundo turno. Fazem parte do seu amplo arco de apoios os herdeiros do ex-presidente da Assembleia Jorge Picciani, dos ex-governadores Sérgio Cabral e Anthony Garotinho (União) e do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

Há também preocupação com a força eleitoral do ex-presidente Lula (PT), que apoia Freixo, em caso de vitória no primeiro turno à Presidência. Além disso, a imprevisível reação de Jair Bolsonaro (PL), que apoia Castro, a uma derrota já no dia 2 de outubro pode contaminar o atual favoritismo do governador.

Segundo o Datafolha, o quadro também é estável em relação à simulação de segundo turno. Castro (46%) e Freixo (38%) aparecem com a mesma intenção de voto do último levantamento. O cenário é o mesmo para a avaliação da gestão Castro, que se manteve com 32% de aprovação. A única oscilação, dentro da margem de erro, foi de dois pontos percentuais para cima na desaprovação, atualmente em 23%.

A sondagem, contratada pela Folha e pela TV Globo, foi realizada de terça (27) a quinta-feira (29) e entrevistou 1.500 eleitores no estado. A pesquisa está registrada no TSE sob o número RJ-03260/2022. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Na simulação de primeiro turno, os dois líderes seguem distantes do ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT), que registrou 11% dos votos válidos —oscilação positiva de um ponto. Apoiado pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), ele não conseguiu melhorar o desempenho após 45 dias de campanha eleitoral.

Num terceiro pelotão vêm Paulo Ganime (Novo), com 4%, Cyro Garcia (PSTU), com 3%, Wilson Witzel (PMB), Eduardo Serra (PCB) e Juliete (UP), todos com 2%, e Luiz Eugênio (PCO) com 1%.

Witzel, porém, teve a candidatura barrada pelo TSE devido à punição imposta na ação de impeachment que o afastou definitivamente do cargo em abril de 2021. Os votos dados a ele serão considerados nulos.

A pesquisa espontânea, em que não é apresentado nenhum cenário ao eleitor, também mostrou estabilidade em relação à semana passada. Castro foi citado por 25% dos entrevistados, e Freixo, por 18%. Neves foi mencionado por 4%, e Paulo Ganime (Novo), 1%. Disseram "atual governador" 1% dos entrevistados. Não souberam responder 35% dos eleitores ouvidos.

As taxas de rejeição se mantiveram estáveis. Quase metade dos entrevistados (45%) declarou que não votaria de jeito nenhum em Witzel. Freixo tem rejeição de 29%, e Castro, 22%. Depois, aparecem Juliete (14%), Garcia (13%), Serra e Luiz Eugênio (11% cada um), Ganime (10%) e Neves (9%).

A taxa de conhecimento dos candidatos segue estável, com Freixo sendo conhecido por 81%, nível semelhante ao de Castro (80%) e ao de Witzel (78%). Rodrigo Neves ampliou sua taxa para 56%, seguido de Garcia (49%), Serra (29%), Ganime (26%), Juliete (14%) e Luiz Eugênio (9%).

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