A rede Jovem Pan foi notificada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para apresentar sua defesa, no prazo de um dia, em ação de pedido de resposta movida por coligação do PT.

Os autores da ação, a Coligação Brasil da Esperança, afirmam que Rodrigo Constantino e Cristina Graeml ofenderam e disseminaram informações inverídicas sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à Presidência, no programa "3 em 1, transmitido pelo site da Jovem Pan e pelo canal da emissora no YouTube.

A ação questiona a emissora e Constantino por ter dito que sua missão pessoal era "não normalizar a candidatura de ladrão que quer voltar à cena do crime", e Cristina Graeml, pela frase "depois de descondenado numa manobra, ele não foi inocentado, conseguiu reaver seus direitos políticos. Lavagem de dinheiro e corrupção, nenhum brasileiro deveria aceitar uma pessoa que foi condenada por esses crimes".

Os advogados que assinam a ação, Cristiano Zanin e Eugênio Aragão, afirmam que Constantino, Cristina e Jorge Serrão fizeram ofensas contra o ex-presidente Lula e disseminaram informação sabidamente inverídica.

"Não existe sentença penal condenatória contra o senhor Luiz Inácio Lula da Silva e, por este motivo — cristalino, diga-se de passagem—, o aludido jornalista tinha o dever de tratá-lo como inocente", diz a ação.

"Ainda que os veículos de comunicação possam assumir posição política ou ideológica, tal liberdade não lhe confere o direito de tratar seus adversários políticos sem observar os limites constitucionais da manifestação pública. Não podem os representados, sob o pretexto de tecer comentários e crítica política, criar comparações absolutamente descabidas e proferir ofensas."

Esgotado o prazo de defesa da Jovem Pan, o Ministério Púbico Eleitoral será citado e deve emitir parecer. Posteriormente, o ministro Paulo de Tarso Sanseverino publicará sua decisão.

Procurada, a assessoria da Jovem Pan não respondeu até a publicação desta reportagem.

Em vídeo publicado em rede social, Rodrigo Constantino afirmou que a ação do PT e o TSE tentam intimidar e censurar veículos que falam bem do presidente Jair Bolsonaro. "O PT está gastando uma fortuna com advogados para judicializar essa campanha de uma forma jamais vista porque sabe que se deixar a coisa correr de uma maneira minimamente livre não dá para Lula competir", diz. E voltou a chamar o ex-presidente Lula de "ladrão".