Ministro do TSE manda redes excluírem fake news sobre Instituto Lula

Conteúdo falso dizia que Ipec fica no mesmo endereço do Instituto Lula

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Brasília

O ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), determinou neste domingo (4) que Twitter, Facebook e TikTok removam do ar vídeos falsos que diziam que o Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) fica no mesmo endereço do Instituto Lula.

O conteúdo falso passou a circular no último dia 31, quando um youtuber gravou vídeo divulgando a mentira.

Na representação entregue ao TSE, a Coligação Brasil da Esperança, que reúne partidos que apoiam a candidatura de Lula, afirma que o vídeo tinha o intuito de "descredibilizar o resultado das pesquisas de intenção de voto realizadas pelo Ipec e dar a entender que o candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva seria beneficiado, de maneira ilegal, pelas pesquisas eleitorais".

O ex-presidente Lula, durante debate presidencial - Bruno Santos - 28.ago.2022/Folhapress

Lula está em primeiro lugar nas principais pesquisas de intenção de voto, seguido por Jair Bolsonaro (PL) e Ciro Gomes (PDT).

Na decisão, o ministro diz que a informação é "sabidamente falsa" e, por isso, a remoção do conteúdo pode ser determinada pela Justiça Eleitoral.

"O perigo na demora da prestação jurisdicional também foi suficientemente demonstrado, pois, como afirmado à inicial, as publicações que contêm informações inverídicas estão sendo postadas no período crítico do processo eleitoral, em perfis com alto [número] de seguidores e gerando um alto número de visualizações, o que possibilita, em tese, a ocorrência de repercussão negativa de difícil reparação na imagem do candidato", disse Sanseverino.

As publicações devem ser removidas pelo Twitter, Facebook e TikTok em até 24 horas, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.

Em outra ação, Sanseverino negou um pedido do PDT para excluir vídeos editados com citação ao candidato do partido à Presidência, Ciro Gomes.

A publicação mistura trechos do discurso de Ciro no debate presidencial de domingo (28) e vídeos antigos, em que o candidato aparece em discussões com interlocutores.

O PDT alegava que a publicação causava desinformação. Sanseverino, no entanto, entendeu que não há "disseminação de informações sabidamente inverídicas ou de fatos gravemente descontextualizados".

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