Ex-ministras Damares Alves e Tereza Cristina se elegem para o Senado

Ex-auxiliares do presidente Jair Bolsonaro vencem no Distrito Federal e em Mato Grosso do Sul

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Brasília e São Paulo

As ex-ministras Damares Alves (Republicanos) e Tereza Cristina (PP), aliadas do presidente Jair Bolsonaro (PL) que deixaram o governo para disputar as eleições em seus estados, se elegeram para o Senado neste domingo (2).

Damares, que chefiou o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, superou Flávia Arruda (PL), que comandou a Secretaria de Governo, na disputa pela vaga do Distrito Federal no Senado.

Tereza Cristina, que foi ministra da Agricultura, foi eleita senadora pelo Mato Grosso do Sul. Ela foi escolhida por 829.149 eleitores, 60,85% dos votos válidos.

Damares Alves, eleita senadora pelo DF
Damares Alves, eleita senadora pelo DF - Ueslei Marcelino - 8.mar.2022/Reuters

Damares somou 714.562 votos, 44,98% do total dos votos válidos, quase 300 mil votos à frente de sua principal concorrente.

Arruda começou a última semana da campanha liderando as pesquisas de intenção de voto, mas Damares cresceu nos últimos dias e a ultrapassou, fechando as previsões com 43% dos votos, segundo o Ipec.

Durante a campanha, as duas protagonizaram também uma disputa pelo apoio do ex-chefe, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que terminou a corrida sem acenar a nenhuma das duas.

O crescimento de Damares contou com o apoio da primeira-dama Michelle Bolsonaro e impulso de eleitores mais conservadores, o que fez com que Flávia, aliada do atual governador Ibaneis Rocha (MDB), angariasse votos até do eleitorado progressista, como mostrou a Folha.

Após a confirmação de sua eleição, em uma comemoração ao lado de seus eleitores, a senadora eleita pelo DF agradeceu o apoio de Michelle e aproveitou para puxar uma oração em prol da reeleição de Jair Bolsonaro.

"Essa minha eleição foi a mão de Deus. Foram 45 dias de campanha contra um sistema político no DF que é cruel e mesquinho. Quero agradecer a Michelle que acreditou nesse processo. Quero agradecer ao meu presidente Jair Bolsonaro que me autorizou a ser candidata", disse.

"Estamos instaurando em Brasília a nova política. Chega de toma lá da cá. Agora todas as orações para a apuração nacional, não podemos conceber a ideia de um presidiário com um número de votos que ele está. Todos orando, Bolsonaro será reeleito, nós vamos ganhar essa eleição, eu acredito que os portais dos céus vão se abrir agora", completou.

Tereza Cristina, deputada federal desde 2015, a engenheira agrônoma foi ministra da Agricultura no governo Bolsonaro entre 2019 e 2022 e a principal interlocutora do governo com o agronegócio.

Ela ocupará a vaga que tem hoje a senadora Simone Tebet (MDB) como titular. Tebet se licenciou para disputar as eleições presidenciais e deixará o cargo em fevereiro, quando Tereza assumirá a vaga.

Tereza Cristina, eleita senadora por Mato Grosso, conversa com Jair Bolsonaro durante lançamento do Plano Safra 2022/2023, no Palácio do Planalto
Tereza Cristina, eleita senadora por Mato Grosso, conversa com Jair Bolsonaro durante lançamento do Plano Safra 2022/2023, no Palácio do Planalto - Pedro Ladeira-29.jun.2022/Folhapress
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