A ex-ministra bolsonarista e senadora eleita Damares Alves (Republicanos) afirmou nesta terça-feira (4) que pretende disputar a presidência do Senado, e que só desistiria de sua candidatura em favor da ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP-MS), também eleita no domingo (2).
"Acha que eu cheguei aqui para figurar? Não falei com o presidente Bolsonaro ainda. Se ele disser vai, eu vou. Mas eu quero. Se Bolsonaro autorizar, serei candidata a presidente do Senado sim", afirmou.
"Você pensa o sonho [ao ser] a primeira mulher a assumir a presidência do Senado? Claro que eu vou ter que combinar com Tereza porque ela também seria uma grande presidente. Eu só abriria mão pra ela, tá?", completou.
Damares declarou que não tinha nada para falar do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e que pretende dar opções aos colegas. A disputa será em fevereiro do ano que vem.
"Vou mandar um recado pra ele. Vamos ver quem é o melhor da disputa. A ideia é deixar para o Senado opções. Eu não tenho nada para falar do Pacheco. Vamos deixar quieto isso. Mas eu vou entrar na história", afirmou.
Dois dias após ser eleita, Damares já esteve no Senado nesta terça para escolher o gabinete onde deve se instalar após a posse. A ex-ministra afirmou que precisa de um espaço com acessibilidade e disse que, quando era assessora parlamentar, recebia mais visitas do que alguns senadores.
Durante a visita, Damares Alves demonstrou interesse pelo gabinete do senador Flávio Arns (Podemos-PR). Arns deve se instalar no gabinete de José Serra (PSDB-SP), que está no final do mandato. O tucano disputou uma vaga na Câmara dos Deputados, mas não foi eleito.
Damares Alves deve se encontrar nesta quarta (5) com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros bolsonaristas eleitos para traçar as estratégias para o segundo turno. A ex-ministra disse que a ideia é falar "com os eleitores para manterem o voto firme no presidente".
Damares foi eleita senadora no domingo (2), ao receber 714.562 votos —correspondendo a 44,98%. Ela derrotou a também ex-ministra Flávia Arruda (PL), em uma disputa que dividiu o governo Jair Bolsonaro.
A senadora eleita contou com o apoio da primeira-dama Michelle Bolsonaro em campanha intensa nas semanas antecedentes ao pleito.
A ex-ministra disse ainda que pretende conversar com o relator do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), para tentar aumentar o orçamento destinado à proteção de mulheres e crianças no próximo ano.
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