Ao menos duas mortes foram registradas na Bahia em festas de comemoração do resultado do segundo turno das eleições na madrugada desta segunda-feira (31).
Nos dois casos, registrados em Ilhéus e Juazeiro, a Polícia Civil ainda apura as motivações dos crimes, mas não descarta uma possível desavença política, segundo a Folha apurou.
Em Olivença, distrito de Ilhéus (311 km de Salvador), 13 pessoas foram baleadas na área externa de um bar onde pessoas comemoravam o resultado da eleição.
Um homem de 31 anos morreu durante o tiroteio e outros 12 ficaram feridos, incluindo 10 indígenas tupinambás.
Os feridos foram levados para o Hospital Regional Costa do Cacau. Não há informações sobre o estado de saúde deles.
Dois homens chegaram no local atirando, de acordo com a Polícia Civil. Imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas para ajudar na identificação dos autores. As vítimas que estão no hospital já estão sendo ouvidas.
A Polícia Militar informou que ainda não há dados quanto à autoria e à motivação do crime.
Em Juazeiro, norte da Bahia, a vítima foi um jogador de futebol de 19 anos. Felipe Rocha de Sá Nunes foi morto a tiros na madrugada desta segunda-feira em uma comemoração do resultado das eleições.
Ele fazia parte da equipe sub-20 da Juazeirense. O time baiano lamentou a morte do atleta. Em uma rede social, afirmou Felipe era um jogador promissor e cheio de sonhos: "Que Deus dê o descanso eterno e o conforto aos amigos e familiares do jovem atleta".
De acordo com a Polícia Civil, Felipe foi alvo de disparos de arma de fogo e encaminhado para o Hospital de Traumas em Petrolina, mas não resistiu aos ferimentos. A autoria e motivação do crime estão sendo apuradas.
Em Santa Catarina, uma mulher foi agredida e teve o carro depredado na noite deste domingo (30) em Itapema, no litoral norte do estado, durante as comemorações pela vitória de Lula.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento da agressão. A mulher leva um tapa no rosto de um homem vestido com roupa verde e amarela e chega a cair no chão.
Em seguida, outros homens, também vestidos de verde e amarelo, empurram a mulher para dentro do carro e chutam o veículo, provocando estragos.
A vítima contou à polícia que comemorava a vitória de Lula na rua, foi ofendida e ligou para a polícia. A agressão ocorreu no momento em que ela esperava a chegada dos policiais militares.
O homem que bateu no rosto da vítima terá de comparecer ao Juizado Especial Criminal para responder pelo ocorrido.
Em Foz do Iguaçu (PR), o carro de um guarda municipal foi atingido por um tiro durante as comemorações da eleição. A apuração ainda não tinha terminado quando José Jeferson dos Santos, 47, que não estava em serviço, transitava com a namorada, seu filho de 13 anos e a enteada de 4 anos.
Ele conta que seu veículo estava com adesivos do Lula e tinha uma bandeira do PT e que o disparo veio de outro carro com adesivos do Bolsonaro e com uma bandeira do Brasil. O tiro atingiu o vidro traseiro de Santos e o banco do motorista. A família teve apenas arranhões provocados pelos estilhaços do vidro.
"Aqui a coisa é tensa, a seita bolsonarista domina a cidade, o povo é doente por ele", diz o guarda, que estava armado, mas não foi atrás do atirador pois estava com a família. "Não houve provocação, ele estava na minha frente, parou o carro na intenção de matar mesmo", disse.
A Polícia Civil informou que investiga o caso, mas até o momento ninguém foi preso.
No Rio de Janeiro, um homem foi morto com sete tiros em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. Antes dos disparos houve uma briga generalizada com o resultado das eleições, registrada em vídeo. Uma outra pessoa segue internada.
No Rio de Janeiro, um homem foi morto com sete tiros em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. Antes dos disparos houve uma briga generalizada com o resultado das eleições, registrada em vídeo. Uma outra pessoa segue internada.
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