Descrição de chapéu transição de governo

Lula chora ao falar sobre tirar brasileiros da fome e diz que Alckmin não será ministro

Lula discursou sobre o 'Brasil do Futuro' a uma plateia formada por deputados e senadores de partidos aliados

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Brasília

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), chorou nesta quinta-feira (10) ao falar a parlamentares aliados sobre sua prioridade de livrar brasileiros da fome e afirmou que seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), não disputa vaga de ministro em seu governo.

Lula discursou sobre o "Brasil do Futuro" a uma plateia formada por deputados e senadores de partidos aliados em auditório do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), sede do governo de transição. No palco também estavam Alckmin, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e a esposa do presidente eleito, Janja.

Lula chora ao discursar no CCBB, local onde está instalado o gabinete de transição governamental - Gabriela Biló/Folhapress

O presidente eleito falou depois de Alckmin, que fez um discurso curto. "Não adianta pedir pro Alckmin falar um discurso mais longo porque não fala", brincou. "Ele foi telegráfico como sempre."

Lula afirmou ter feito questão de designar o ex-governador de São Paulo como coordenador da transição para que ninguém pensasse que ele seria ministro. "Ele não disputa vaga de ministro porque é o vice-presidente da República", afirmou.

O petista disse ainda que a comissão de transição "não decide nada" e "é como se fosse uma máquina de ressonância magnética, vai fazer o levantamento a partir da situação do país."

Ele lembrou que o governo foi eleito com a promessa de olhar para os mais pobres.

"A gente não tem que ter vergonha de dizer que o nosso voto é o voto daquelas pessoas que mais necessitam. É daquelas pessoas que um dia viveram num país que tinha um governo que olhou para elas."

O presidente eleito chorou ao falar sobre sua meta de retirar brasileiros vivendo em situação de fome. "Se quando eu terminar esse mandato cada brasileiro tiver tomando café, tiver almoçando e tiver jantando, outra vez eu terei cumprido a missão da minha vida."

Ele também falou sobre sua relação com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com quem se reuniu nesta quarta-feira (9) e a quem prometeu não interferir na eleição na Casa legislativa.

"Eu fui conversar com o Lira por uma única razão. Eu sei o que ele pensa ideologicamente, eu sei que ele é meu adversário, mas ele é o presidente da Câmara eleito pelos deputados, e o presidente da República necessita de conversar, necessita de dialogar", afirmou.

"Porque não é o presidente da República que tem que se intrometer quem vai escolher o presidente da Câmara ou o presidente do Senado. É da responsabilidade de vocês."

Ele também falou sobre a relação com partidos do chamado centrão —PP, PL e Republicanos. "E não venham me dizer 'ah, mas você vai conversar com os partidos do centrão?'. Não vou conversar com centrão. Vou conversar com deputados e deputadas eleitas por partidos políticos que se uniram em determinada circunstância desde a Constituinte."

Nas redes sociais, as meias usadas por Alckmin, pretas com bolas brancas, chamaram a atenção. O vice-presidente eleito vem recebendo atenção dos espectadores nas redes sociais, especialmente por sua centralidade no processo de transição governamental.

Meia usada pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), em reunião com parlamentares e equipe de transição no CCBB, em Brasília - Gabriel Biló/Folhapress
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