Bolsonaro ouve gritos de 'mito' em evento militar, e comandante fala em 'rara emoção'

Presidente participa de formatura de militares no interior de São Paulo, em roteiro de despedida do cargo

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Rio de Janeiro

O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou na manhã desta quinta-feira (8) de uma formatura militar na AFA (Academia da Força Aérea), em Pirassununga, no interior de São Paulo. Não fez discurso, acenou ao público, escutou gritos de "mito" e atendeu a pedidos de selfies.

Antes da cerimônia, no entanto, ofereceu um momento de "rara emoção", nas palavras do comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior.

Bolsonaro participa de cerimônia na Academia da Força Aérea, em Pirassununga (SP) - TV BrasilGov no YouTube

"Não seria justo não compartilhar com os senhores um momento de rara emoção, quando eu me dirigia para esse pátio com o presidente da República. Ele determinou que o motorista parasse em frente à turma Anúbis [formandos] e dirigiu lindas palavras de esperança a cada um", disse o comandante, no início de sua fala.

"Esperança, fé na ética, no futuro melhor do Brasil através do trabalho que cada um deles irá desempenhar a partir de hoje como oficiais da Força Aérea Brasileira e de seus países. Muito obrigado, senhor presidente, por me permitir testemunhar momentos de rara beleza e incentivo aos nossos novos oficiais", completou. Alunos de outras nacionalidades, como do Senegal. Havia formandos de outras nacionalidades no grupo.

Bolsonaro em cerimônia na Academia da Força Aérea, em Pirassununga - Clauber Cleber Caetano/PR

Baptista Júnior é um dos principais apoiadores de Bolsonaro e chegou a curtir mensagens com teor golpista em redes sociais.

Também em seu discurso, o comandante externou condolências aos familiares dos dois militares que morreram durante um treinamento em novembro. "Resta a certeza de que o grande arquiteto irá acolhê-los no oriente eterno", afirmou.

Também estiveram presentes no ato os deputados Carla Zambelli (PL-SP), Celso Russomanno (Republicanos -SP), Hélio Lopes (PL-RJ), e o ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno.

Desde a derrota no segundo turno, apoiadores de Bolsonaro passaram a cobrar as Forças Armadas para que promovam um golpe que impeça a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Bolsonaro teve uma inédita derrota para um presidente que disputava a reeleição no país.

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