PT predomina no ministério de Lula até o momento

Com nova leva de anúncios, chega a sete o número de pastas para o partido; siglas aliadas pleiteiam vagas

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Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta quinta-feira (22), uma nova leva de ministros do seu terceiro mandato. Dos 21 nomes anunciados até o momento, 7 são petistas. Por ora, é a legenda com maior número de pastas.

Lula derrotou Jair Bolsonaro (PL) em outubro e foi eleito com uma frente ampla de partidos. Sua coligação teve nove legendas, na maior aliança política de sua história. E, depois da vitória, contou com novos apoios, chegando a um grupo de 14 siglas.

No anúncio desta quinta-feira, cinco ministros são filiados ao PT. Lula já havia oficializado outros cinco nomes de sua esquipe. Desses, dois são petistas —Fernando Haddad na Economia e Rui Costa na Casa Civil, duas das principais pastas do governo.

Ao todo, estão oficializados 21 dos 37 ministros do novo governo.

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O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - Carla Carniel - 15.dez.2022/Reuters

Dois dos anunciados hoje são palacianos. A Secretaria de Relações Institucionais (ex-Secretaria de Governo) ficará sob o comando do deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP).

De perfil conciliador e com bom trânsito no Congresso, ele já ocupou a mesma função há 14 anos. Também foi ministro da Saúde.

Já o ministro da Secretaria-Geral da Presidência será o deputado federal Márcio Macedo (PT-SE), tesoureiro da campanha petista. No momento, ele é vice-presidente do PT.

O Ministério de Desenvolvimento Social, responsável pelo Bolsa Família, era disputado pela senadora Simone Tebet (MDB-MS). Mas o PT não quis abrir mão de manter o programa sob seu comando, e a pasta passou para Wellington Dias (PT-PI).

Ex-governador do Piaui, ele foi eleito senador pelo estado e ajudou na articulação da PEC da Gastança.

Outro ex-governador petista que integrará a equipe de Lula na Esplanada é Camilo Santana, do Ceará. Ele abriu mão do cargo para disputar a eleição ao Senado e ganhou. O partido não quis ficar sem uma das principais vitrines da Esplanada.

Inicialmente, a principal cotada era Izolda Cela, sucessora de Santana no Ceará. Ela era filiada ao PDT, mas migrou para o PT. O partido, contudo, acabou preterindo ela por um nome mais próximo à legenda.

No Trabalho, assumirá o deputado federal Luiz Marinho (PT-SP). Ele é presidente do diretório estadual do PT em São Paulo, aliado próximo de Lula e chefiou a pasta de 2005 a 2007.

A escolha de Marinho representa uma vitória de petistas e sindicalistas sobre o PC do B, que pleiteou o ministério junto a Lula. A legenda havia manifestado interesse por três ministérios: Ciência e Tecnologia, Cultura e Trabalho. Por fim, o partido ficou apenas com o primeiro.

A Secretaria de Comunicação da Presidência, um dos principais focos de crise do governo atual, tem como principal cotado o deputado Paulo Pimenta (PT-RS). Ele, contudo, ainda não foi anunciado.

Além desses indicados, há nomes oficializados por Lula hoje, ligados ao PT, mas que não são políticos, como Jorge Messias. Ex-subchefe de assuntos jurídicos da Presidência (SAJ) de Dilma Rousseff, ele passará para o comando da AGU (Advocacia-Geral da União).

Já a futura ministra da Mulher, Cida Gonçalves, foi secretária nacional de enfrentamento à violência contra as mulheres nas gestões de Lula e Dilma.

Confira a lista de petistas anunciados:

Secretaria de Relações Institucionais (ex-Secretaria de Governo): Alexandre Padilha

Secretaria-Geral: Márcio Macedo

Ministério do Desenvolvimento Regional: Wellington Dias

Educação: Camilo Santana

Trabalho: Luiz Marinho

Economia: Fernando Haddad*

Casa Civil: Rui Costa*

*Oficializados na primeira leva de anúncios, em 9 de dezembro

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