A Conib (Confederação Israelita do Brasil) lançou nota repudiando comparações entre o momento político brasileiro e o nazismo, regime que exterminou 6 milhões de judeus na Alemanha.
A instituição, que representa a comunidade judaica no país, afirmou que "essas comparações, muitas vezes com fins políticos, são um desrespeito à memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes", e diz ter criado uma campanha educativa contra a banalização do período.
As afirmações vêm tanto do presidente Lula (PT) quanto de bolsonaristas, em reação aos atos golpistas em Brasília que invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF (Supremo Tribunal Federal) no domingo (8).
Lula, em pronunciamento feito para anunciar a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, disse que "essas pessoas, esses vândalos, que a gente poderia chamar de nazistas fanáticos [...], fizeram o que nunca foi feito na história deste país", buscando chamar os criminosos de radicais.
Já os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmaram que os detidos, levados a um ginásio na Academia Nacional da Polícia Federal, estão em um campo de concentração, e até veiculam falsa nota de falecimento de uma senhora de 77 anos no local.
O nazismo, regime totalitário alemão entre 1934 e 1945, era caracterizado pela liderança e ideário de Adolf Hitler, que tinha como princípio a eliminação de judeus e outras minorias étnico-raciais, vistas como empecilho para a consolidação da raça ariana na Europa e no mundo, o que justificaria sua perseguição e morte.
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