Descrição de chapéu ataque à democracia

Empresário bolsonarista suspeito de agressão a jornalistas é considerado foragido

Esdras Jonatas dos Santos foi um dos líderes de acampamento golpista em frente a quartel em Belo Horizonte

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Belo Horizonte

O empresário bolsonarista Esdras Jonatas dos Santos, investigado sob suspeita de incentivar agressão a repórteres no acampamento golpista em frente a um quartel do Exército em Belo Horizonte, é considerado foragido da Justiça.

Ele teve a prisão decretada e não foi localizado pela Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (15).

A foto mostra o empresário bolsonarista Esdras Jonatas dos Santos, investigado por suspeita de incentivar agressões a repórteres em Belo Horizonte. Ele usa barba e está de boné amarelo e blusa verde.
O empresário bolsonarista Esdras Jonatas dos Santos, 34, investigado por incentivar agressões a repórteres que cobriam acampamento golpista em frente a quartel do Exército em Belo Horizonte - Reprodução

A polícia realizou operação para prender o empresário, apontado como um dos líderes do acampamento, além de cumprir mandados de busca e apreensão na casa de outros envolvidos nas agressões.

O advogado do empresário, Ramon dos Santos, disse que o cliente está em Miami.

Em nota, inicialmente, declarou que o empresário se apresentaria à Justiça. No entanto, em seguida, afirmou que deixou o caso por quebra de confiança.

Guarda Civil e setor de fiscalização da Prefeitura de Belo Horizonte retiram acampamento bolsonarista que havia em frente ao quartel do Exército na capital mineira - Leonardo Augusto - 6.jan.23/Folhapress

A turba apoiadora do ex-presidente que se encontrava em frente ao quartel agrediu repórteres que faziam a cobertura do acampamento em duas ocasiões.

Na primeira, em 5 de janeiro, um fotógrafo do jornal "Hoje em Dia" levou chutes e pontapés e teve a câmera roubada pelos bolsonaristas. O repórter passou a noite no hospital por ter levado uma pancada na cabeça.

A segunda ocorreu no dia seguinte, durante operação de desmonte do acampamento pela Prefeitura de Belo Horizonte. Dois repórteres, da Band Minas e do jornal O Tempo, foram agredidos, com ferimentos sem gravidade.

A prefeitura determinou a retirada do acampamento por não haver licença para instalação da estrutura, que envolvia barracas, banheiros químicos e pontos para fornecimento de comida e bebida.

O acampamento foi montado pelos bolsonaristas depois da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência, no segundo turno da eleição do ano passado, em 30 de outubro.

A operação de retirada do acampamento foi realizada por agentes do setor de fiscalização e da Guarda Municipal. Santos era um dos mais exaltados durante a desmobilização da estrutura. Chegou a cair várias vezes no chão quando tentava ser contido por alguns bolsonaristas menos transtornados.

Em outro momento, quando um representante do Exército informava que ninguém mais poderia ficar em frente ao quartel, o empresário chorou e acabou repreendido pelo oficial: "Cala a boca. Para de chorar".

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