Descrição de chapéu Governo Lula

'Não tenho dúvida, estava em marcha um golpe de Estado', diz Alckmin

Para vice-presidente, muitas pessoas entraram desavisadas nesse movimento

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São Paulo

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou nesta quarta-feira (13) que é lamentável o Brasil ter tido um presidente que atentou contra a Constituição e fez campanha para desmoralizar a Justiça Eleitoral.

"Não tenho dúvida, estava em marcha um golpe de Estado", disse em entrevista à jornalista Miriam Leitão, na GloboNews, ao ser questionado sobre Jair Bolsonaro (PL). Apesar da crítica, Alckmin evitou defender a prisão de Bolsonaro, afirmando ser essa uma decisão do Judiciário.

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) ao lado do presidente Lula (PT) durante cerimônia em celebração ao Dia da Amazônia, no Palácio do Planalto - Pedro Ladeira - 5.set.23/Folhapress

"[Bolsonaro] foi eleito pela urna eleitoral, o filho foi eleito senador, o outro filho foi eleito deputado, o outro filho foi eleito vereador e a urna é falsa?", indagou ao falar sobre os ataques à democracia no país. "É muito triste o que o Brasil passou. E muitas pessoas entraram nisso meio desavisadas."

Alckmin defendeu a reforma ministerial realizada no governo Lula (PT) e lamentou a existência de 30 partidos políticos no Brasil, 20 deles com representatividade no Congresso Nacional. "Eu defendi a entrada no governo tanto do Republicanos quanto do Progressistas, porque é importante a governabilidade", disse.

Na análise dele, os partidos estão enfraquecidos devido à fragmentação e falta ao país uma reforma política. "Enquanto isso não ocorre, precisa ter governabilidade", afirmou, apesar de concordar que não há garantia de apoio.

O vice-presidente defendeu Lula também na substituição da ex-ministra dos Esportes Ana Moser por André Fufuca. "Lula, mesmo com essa mudança, tem um número bastante expressivo de mulheres."

Sobre a indicação de uma mulher para o STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou que será ótimo se houver um nome com formação e experiência.

Alckmin desconversou sobre o futuro político, mas garantiu que não disputará a eleição para governador de São Paulo, cargo que já ocupou quatro vezes.

Ao comentar suas duas paixões, a política e a medicina, disse que há outra, na frente de tudo: a mulher, Lu Alckmin. A declaração fez o vice-presidente ser chamado nas redes sociais de o último romântico.

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