PF prende bolsonarista que fez live em cadeira de Moraes durante ataques do 8/1

Investigadores miram depredadores e instigadores dos atos golpistas em nova fase da Lesa Pátria

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Brasília

Com três mandados de prisão preventiva e dez de busca e apreensão, a Polícia Federal realizou nesta quarta-feira (27) operação contra suspeitos de depredarem, instigarem, financiarem e fomentarem os ataques golpistas de 8 de janeiro.

Vândalos golpistas invandem a praça dos Três Poderes e depredam os prédios; na imagem, vidraça do Palácio do Planalto quebrada
Vândalos golpistas invadem a praça dos Três Poderes e depredam os prédios - 8.jan.23/Folhapress

Um dos alvos foi Aildo Francisco Lima, que fez uma live durante a invasão do STF (Supremo Tribunal Federal) na cadeira do ministro Alexandre de Moraes. Ele foi preso em São Paulo.

Outro mandado de prisão cumprido foi contra Basília Batista. Presa em São Paulo, ela chegou a ser detida no dia dos atos golpistas mas vou liberada pela PF.

Já a advogada Margarida Brito se entregou no começo da noite à PF. Ela é suspeita de ajudar a retirar celulares de vândalos de Mato Grosso detidos para depoimento, em 9 de janeiro, na Academia Nacional de Polícia, em Brasília.

Segundo a PF, os fatos investigados nessa 17ª fase da operação Lesa Pátria podem configurar os "crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido."

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Aildo Francisco Lima faz live durante a invasão do STF (Supremo Tribunal Federal) na cadeira do ministro Alexandre de Moraes - Reprodução/redes sociais

A operação da PF tem origem nas quatro frentes de investigação abertas após os atos de 8 de janeiro.

Uma delas mira os possíveis autores intelectuais, e é essa frente que pode alcançar Bolsonaro. Outra tem como objetivo mapear os financiadores e responsáveis pela logística do acampamento e transporte de bolsonaristas para Brasília.

O terceiro foco da investigação PF são os vândalos. Os investigadores querem identificar e individualizar a conduta de cada um dos envolvidos na depredação dos prédios históricos da capital federal.

A quarta linha de apuração avança sobre autoridades omissas durante o 8 de janeiro e que facilitaram a atuação dos golpistas.

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