Descrição de chapéu Governo Lula

PF faz operação, e adolescente de 17 anos admite invasão a perfil de Janja

Além do uso indevido, investigadores apuram crimes de ódio contra autoridades

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Brasília

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (14) mais uma operação para identificar os autores da invasão e uso indevido de perfil da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, na rede social X (ex-Twitter).

Os investigadores apuram também crimes de ódio relacionados ao caso, como postagens de caráter ofensivo contra autoridades públicas federais.

Seis mandados de busca e apreensão, sendo dois no Distrito Federal e quatro em Minas Gerais, foram cumpridos. As ordens judiciais foram expedidas pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Os mandados desta quinta tiveram como alvo um adolescente de 17 anos residente em Sobradinho (DF). De acordo com pessoas que acompanham o caso, ele admitiu ser o responsável pela invasão ao perfil de Janja.

A primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja - Sergio Lima/AFP

Em nota, a PF afirmou que, durante as apurações, ficou constatado que os possíveis envolvidos também tinham perfis e postagens na plataforma Discord, participando de grupos que trocavam mensagens de caráter misógino e extremista.

Aos investigadores o adolescente relatou ter encontrado informações sobre o email e senha de Janja na rede social em um vazamento de dados na internet, e que partiu daí a ideia de invadir a conta da primeira-dama. A informação foi revelada pelo jornal O Globo e confirmada pela Folha.

O perfil de Janja foi hackeado na noite da segunda (11).

Por volta das 21h30 daquele dia, o perfil dela passou a publicar ofensas e também frase afirmando que a conta foi invadida. No X, a primeira-dama possui 1,2 milhão de seguidores.

Entre as postagens do invasor, há menção ao mensalão, escândalo do primeiro mandato do presidente Lula (PT), e ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

Parte das ofensas é dirigida à própria Janja. Uma das postagens debochava: "Eu to no trends", em referência aos assuntos mais comentados da rede.

O Palácio do Planalto acionou a plataforma e a PF, que destacou a Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos para cuidar do caso.

Em nota, a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) disse que "repudia veementemente o ataque hacker à conta" da primeira-dama.

"Todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas. Não serão tolerados crimes, discursos misóginos, o ódio e a intolerância nas redes sociais", afirmou ainda.

A invasão à rede social de Janja é investigada no âmbito do inquérito das milícias digitais, conduzido por Moraes.

Colaborou UOL

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