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Eleição em São Paulo vai ser entre eu e a figura, diz Lula sobre Bolsonaro

Presidente participou de articulação para filiar Marta Suplicy ao PT e ser vice de Guilherme Boulos

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Brasília

O presidente Lula (PT) afirmou nesta terça-feira (23) que a disputa pelo comando da Prefeitura de São Paulo neste ano será uma "confrontação direta" entre ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Na capital de São Paulo é uma coisa muito especial. Uma confrontação direta entre o ex-presidente e o atual presidente, é entre eu e a figura", afirmou Lula, sem citar nominalmente seu antecessor.

Lula apoia a candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que terá como vice a ex-prefeita Marta Suplicy —o petista se empenhou pessoalmente para que a chapa fosse montada. De outro lado, Bolsonaro deverá apoiar a reeleição do prefeito, Ricardo Nunes (MDB).

O presidente Lula durante evento no Palácio do Planalto. - Adriano Machado - 22.jan.24/Reuters

"A disputa é entre um governo que coloca o povo em primeiro lugar, para tentar resolver os problemas dele, e o governo das fake news, do desastre, que não acredita nas coisas normais que a humanidade tem que acreditar. Vai ser essa disputa que vai se dar", afirmou Lula em entrevista à rádio Metrópole da Bahia.

Em declaração à CNN, Nunes reagiu à fala de Lula: "Ele vai deixar de ser presidente pra ser prefeito? Aqui em São Paulo não é ringue, aqui a preocupação é cuidar da cidade", disse.

Nos últimos dias, a aliança entre Nunes e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) ganhou contornos mais definidos.

O governador afirmou publicamente que vai apoiar o emedebista e já esteve ao lado dele em dois lançamentos relacionados à habitação, área que projetou Boulos, o principal adversário na corrida eleitoral e líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).

Nesta segunda-feira (22), Tarcísio afirmou que Bolsonaro "estará junto também" na aliança com Nunes.

Na entrevista à rádio nesta terça, Lula disse ainda que o PT tem condições de ganhar eleições em muitas capitais e sinalizou que o partido irá fazer muitas alianças nos estados. A declaração se deu num contexto em que o presidente afirmou que, pelo cargo que ocupa, ele não irá se jogar "para criar conflito".

"Eu tenho que saber que sou presidente e que tenho que conversar com as pessoas, fazer um jogo mais ou menos acertado para que eu não traga problema depois quando terminar as eleições no Congresso Nacional", disse.

"Não posso, como presidente da República, fazer campanha como se eu fosse um cidadão comum. Tenho que levar em conta que se tiver dois candidatos da base do governo disputando a eleição, eu tenho que dar um tratamento mais respeitoso", seguiu.

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