O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) se esquivaram de comentar a operação da Polícia Federal que mira a chamada "Abin Paralela" do governo Jair Bolsonaro (PL).
A PF cumpriu mandados de busca e apreensão nos endereços de Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) na manhã desta segunda-feira (29).
Durante o anúncio da construção de um piscinão no Morumbi, Tarcísio foi questionado sobre a operação que atinge o governo do qual fez parte. "Não vou comentar", respondeu.
Nunes, que concorre à reeleição neste ano com o apoio de Bolsonaro e Tarcísio, tampouco comentou. Ao ser questionado sobre a operação, levantou os ombros como quem diz não saber.
Mais cedo nesta segunda, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, levou ao prefeito a indicação de Bolsonaro para um vice na chapa do emedebista —o coronel da reserva da PM Ricardo Mello Araújo.
O prefeito então foi indagado se a operação que atingia a família Bolsonaro prejudicava a indicação de um vice pelo ex-presidente. "Não, acho que não [prejudica]. Nem sei da operação. Teve operação?", questionou.
Ao ser informado pelos repórteres sobre os detalhes da operação, não comentou.
Segundo a PF, as medidas cumpridas pretendem "avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin [Agência Brasileira de Inteligência]".
No gabinete de Carlos, no Rio, os agentes levaram um notebook, computadores desktop e documentos.
Um dos locais em que a PF cumpre mandado de busca e apreensão nesta segunda é a casa de Jair Bolsonaro em Angra dos Reis, no litoral do Rio de Janeiro. O local entrou na lista de buscas da PF após a descoberta que Carlos estava na casa, de onde transmitiu uma live com o pai neste domingo (28).
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