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Lula no STF defende regulação de redes sociais e fala em fascismo sob Bolsonaro

Presidente participou de cerimônia de abertura do ano Judiciário no Supremo

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Brasília

O presidente Lula (PT) afirmou nesta quinta-feira (1º) em cerimônia de abertura do ano do Judiciário, na sede do STF (Supremo Tribunal Federal), que o Brasil conheceu o fascismo durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

Lula com o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, durante sessão solene nesta quinta-feira (1º) - Pedro Ladeira/Folhapress

"Saudar não só o STF, mas as pessoas que dão vida à Suprema Corte. Vocês sentiram na pele o peso do ódio que se abateu no Brasil, sofreram perseguição, ofensa, campanha de difamação e até ameaça de morte, inclusive contra parentes. Mas não estavam sozinhos, as instituições democráticas estiveram e estarão sempre ao lado de vocês. Juntos enfrentamos ameaças que conhecíamos apenas nas páginas mais trágicas da história da humanidade, o fascismo", disse.

O mandatário também defendeu em discurso a aprovação de uma lei em relação às big techs. "Construir uma regulação democrática das plataformas, da inteligência artificial e das novas formas de trabalho em ambiente digital", disse.

Lula não citou o ex-presidente Bolsonaro, mas mandou indiretas a seu antecessor ao mencionar a existência de uma "máquina de fake news que matou milhares de pessoas" durante a pandemia da Covid-19.

Ele também mencionou uma afirmação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sobre o possível fechamento do Supremo.

"Diziam que para fechar o STF bastaria um cabo e um soldado. Pois vieram milhares de golpistas armados de paus, pedras, barras de ferro e muito ódio e não fecharam nem o STF, nem o Congresso, nem a Presidência da República, pelo contrário, as instituições e a própria democracia saíram fortalecidas da tentativa de golpe", disse, em referência aos atos de 8 de janeiro de 2023.

Lula disse que, há um ano, "ainda eram visíveis as marcas da destruição deixadas pelos atos terroristas".

"Hoje, celebramos a restauração da harmonia entre as instituições e do respeito à democracia. O STF segue cumprindo seu dever, punindo executores, financiadores, autores intelectuais e autoridades envolvidas nos atentado contra regime democrático", afirmou.

O mandatário afirmou que há uma tentativa "deslegitimar e constranger os responsáveis pelo cumprimento das leis com claro objetivo de escapar impune".

O presidente também afirmou que o governo tem focado no combate ao crime organizado e que teve avanços econômicos importantes em 2023 com as aprovações da reforma tributária e do arcabouço fiscal.

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