Na convenção do PL, que confirmou o ex-Rota Ricardo Mello Araújo como pré-candidato a vice na chapa de Ricardo Nunes (MDB), o prefeito se referiu ao seu principal adversário, Guilherme Boulos (PSOL), como vagabundo, invasor e sem-vergonha.
"Quero agradecer a cada um dos senhores por dar esse voto de confiança para que a gente possa dar continuidade a esse trabalho e vencer o invasor, vencer esse vagabundo desse sem-vergonha", disse Nunes em um aceno aos bolsonaristas, mas sem mencionar o rival. A plateia reagiu com aplausos.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não compareceu à convenção na noite desta segunda-feira (22), mas foi mencionado por Nunes e Mello Araújo, que o agradeceram em seus discursos. Mello Araújo foi o nome escolhido pelo ex-presidente para compor a chapa com Nunes.
Segundo o coronel da reserva da Polícia Militar, Bolsonaro tinha outro compromisso, caso contrário teria ido à convenção. "São mais de 5.500 municípios", emendou.
Nunes ainda criticou, de maneira indireta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que tem sido alvo de memes sobre aumento de taxas após divulgar um pacote de medidas para ampliar a arrecadação.
"Nós reduzimos impostos e acabamos com taxas, diferente do que estamos vendo de criação de taxas", disse. E finalizou com "Ordem e Progresso", em mais um aceno ao bolsonarismo.
Após o evento, Nunes foi questionado por jornalistas sobre o apoio do União Brasil, que ainda está em aberto apesar de Milton Leite, mandachuva da sigla e presidente da Câmara Municipal, ter afirmado que a relação com o prefeito melhorou.
O prefeito disse que Leite demandou a criação de uma Secretaria de Defesa Animal e que a Secretaria de Mananciais seja uma pasta separada da Habitação.
"A gente vai fazer uma avaliação. E, dependendo daquilo que o nosso grupo de trabalho, do programa de governo, definir, a gente pode avançar ou não. Eu agradeço as contribuições dele", disse Nunes.
O prefeito afirmou que possíveis vetos à revisão da lei do zoneamento não foram discutidos com Leite. "O veto eu falei que é uma decisão minha e da minha área técnica. Eu nem quis discutir sobre a questão do veto. Respeito aquilo que a Câmara votou, mas é importante que a gente tenha uma análise da área técnica."
Questionado sobre a previsão de Pablo Marçal (PRTB), também seu rival na eleição, de que trocaria Mello Araújo por outro vice, Nunes ironizou. "Ele não está muito bem como vidente, né? Acho que é melhor como coach."
Em seu discurso, Mello Araújo ressaltou não ser da política e conhecer Nunes há pouco tempo, mas disse estar impressionado com o governo do emedebista.
"Conheço o prefeito há pouco tempo. Estamos nos conhecendo. [...] Estou estudando. Não sou da área política e fiquei impressionado com a administração do prefeito", discursou. O pré-candidato a vice ainda agradeceu Nunes por "fazer essa parceria com o PL".
Em sua fala, ele exaltou sua administração como presidente do Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) e disse que "o desafio agora é maior ainda".
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