Descrição de chapéu Eleições 2024 Belo Horizonte

Prefeito de BH se torna principal alvo de adversários em primeiro debate na TV

Gestão de Fuad Noman foi vitrine para críticas dos opositores em relação a transporte público e saúde

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Belo Horizonte

O primeiro debate para a eleição de Belo Horizonte, promovido nesta quinta-feira (9) pela TV Bandeirantes, foi marcado pelas críticas ao prefeito da cidade, Fuad Noman (PSD).

Com sete participantes, a atual gestão serviu como uma forma de vitrine para as críticas e propostas dos pré-candidatos, que se concentraram em dois temas: transporte público e saúde.

Debate entre pré-candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte na Band
Debate entre pré-candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte na Band - Júnia Garrido/Divulgação-Rede Bandeirantes

Esses também foram os principais problemas da cidade apontados pelos eleitores em pesquisa Datafolha do início de julho. No mesmo levantamento, o prefeito foi citado como opção de voto por apenas 6% dos ouvidos. O líder, na ocasião, foi o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos), com 19%.

Em resposta às críticas contra sua gestão, Noman afirmou nesta quinta que elas são destinadas à prefeitura porque "é a única que está mostrando trabalho".

"Vi vários atacando a prefeitura mostrando coisas que já estamos fazendo. Eles falam, falam e não fazem nada", disse Noman, que defendeu as obras sendo construídas na cidade.

No primeiro bloco, o transporte público esteve no alvo da deputada federal Duda Salabert (PDT) e de Mauro Tramonte, que fizeram uma dobradinha para criticar as empresas de ônibus e a mobilidade urbana na região.

O mesmo aconteceu em pergunta do deputado federal Rogério Correia (PT) ao presidente da Câmara Municipal, Gabriel Azevedo (MDB), que rivalizou com o prefeito no ano passado e criticou Noman mesmo quando ele não estava no foco das perguntas.

No segundo bloco, Tramonte criticou a gestão da saúde em BH, ao reclamar de UPAs lotadas, em nova dobradinha, desta vez com Azevedo.

O pré-candidato do Republicanos também foi alvo de críticas por causa de sua gama de apoiadores, que incluem o governador Romeu Zema (Novo) e o ex-prefeito Alexandre Kalil (Republicanos).

Correia afirmou que Tramonte saiu do Balanço Geral –programa que comandava na TV– para provocar um "barraco geral" em sua chapa.

O pré-candidato do Republicanos respondeu que todos os presentes no debate procuraram ter o apoio de Zema ou Kalil e que ambos são políticos de experiência que somam à sua candidatura.

Correia procurou durante o debate associar sua imagem à presidente Lula (PT) e criticar Jair Bolsonaro (PL), cujo candidato na capital mineira é o deputado estadual Bruno Engler (PL).

Engler, porém, preferiu focar suas críticas à gestão de Noman, chamando-a de ultrapassada e afirmou ser à favor de vacinas quando perguntado sobre o assunto por Salabert.

Em um momento do segundo bloco, Salabert citou o desconhecimento do prefeito junto à população, o associou ao governo de Aécio Neves (PSDB) e criticou os indicadores de educação da capital mineira.

Noman, em resposta, disse por duas vezes que "o senhor está equivocado". Ao ser repreendido por Salabert, uma mulher trans, ele pediu desculpas à adversária.

Já o senador licenciado Carlos Viana (Podemos), de participação mais tímida, criticou o orçamento para este ano de Belo Horizonte, que prevê um déficit de R$ 200 milhões.

"Kalil, quando saiu, nos prometeu um economista top e nos entregou um economista do Paraguai que desorganizou o orçamento", afirmou Viana.

Em resposta, Noman citou sua trajetória como servidor público de carreira e prêmios que sua gestão recebeu. Disse também que a prefeitura não está quebrada e vai investir R$ 3 bilhões neste ano com o dinheiro do caixa.

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