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Oposição vai processar Dilma por crime eleitoral no caso da violação de sigilos
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GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA
A oposição vai ingressar na Justiça Eleitoral com uma ação contra a candidata do PT ao Planalto, Dilma Rousseff (PT), por considerar sua campanha foi responsável pela quebra de sigilo do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e outras três pessoas próximas ao candidato da sigla à Presidência, José Serra, e ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
DEM, PSDB e PPS acusam Dilma de crime eleitoral, uma vez que os dados fiscais dos tucanos seriam usados em um dossiê montado pelo grupo que atuou na pré-campanha da petista.
Além de EJ, mais três ligados a Serra tiveram sigilo fiscal violado
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"Eu responsabilizo a candidata Dilma e seu comitê por tudo isso. Os dados do Eduardo Jorge vazaram do comitê dela. O Brasil amanheceu hoje o país dos Francenildos, em que todos têm seus sigilos fiscais violados", disse o vice-líder do PPS na Câmara, deputado Raul Jungmann (PE).
Jungmann disse que a ação será assinada pelos três partidos de oposição: DEM, PSDB e PPS. Representantes das três legendas vão se reunir nesta quinta-feira com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cezar Peluso, para pedir que o tribunal investigue as quebras de sigilo.
Alan Marques/Folhapress |
Além de Eduardo Jorge, investigação da Receita Federal mostra que sigilo de três outros tucanos foram violados |
A oposição também vai solicitar encontros com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e com o corregedor da Receita Federal, Antonio Costa D'Ávila Carvalho, que investiga a quebra de sigilo de Eduardo Jorge.
Jungmann prometeu ainda marcar reunião da Comissão de Segurança Pública da Câmara na tentativa de aprovar requerimento para ouvir o secretário-geral da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, e os funcionários acusados de violar o sigilo de Eduardo Jorge.
Além de EJ, como o tucano é conhecido, foram impressas as declarações de Imposto de Renda do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, do ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira e de Gregorio Marin Preciado, casado com uma prima de Serra. Os quatro eram alvos do dossiê montado pelo grupo que atuou na pré-campanha de Dilma.
Os dados foram levantados pela Corregedoria Geral da Receita, que abriu investigação para apurar a quebra do sigilo de EJ, revelada pela Folha em junho.
Em julho, Jungmann ingressou na PGR (Procuradoria Geral da República) pedindo abertura de inquérito contra o secretário da Receita Federal pelo crime de prevaricação.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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