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Com dificuldades, Alckmin tenta desatar nó para escolha do secretariado
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CATIA SEABRA
DANIELA LIMA
FERNANDO GALLO
DE SÃO PAULO
O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), está com problemas para nomear titulares em quatro das pastas mais importantes na estrutura da administração estadual.
Sem nomes naturais para ocupar as secretarias de Saúde, Educação, Fazenda e Segurança, Alckmin deve adiar o anúncio do secretariado. Ele havia prometido iniciar a divulgação dos nomes a partir do dia 15.
Com a morte de Luiz Roberto Barradas Barata, médico sanitarista que chefiou a Secretaria de Saúde de 2003 até seu falecimento, em julho deste ano, Alckmin ficou sem um herdeiro para o cargo.
Hoje, o governador eleito está dividido entre entregar a pasta a um nome reconhecidamente técnico ou a um gestor com histórico na área.
Aliados do tucano afirmam que entre os mais cotados estão Giovanni Cerri, diretor da faculdade de Medicina da USP e do Instituto do Câncer Octavio Frias de Oliveira; e David Uip, diretor do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.
FAZENDA
Na Fazenda, Alckmin esperava nomear Yoshiaki Nakano, que chefiou a pasta durante o governo Mário Covas, de 1995 a 2001.
Nakano foi um dos conselheiros mais requisitados por Alckmin quando o tucano disputou a Presidência da República, em 2006.
O tucano chegou a sondar o economista, mas, de acordo com aliados, Nakano teria recusado o convite, em nome da manutenção de seus projetos como diretor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas.
Para a Secretaria de Educação, há quem defenda a continuidade de Paulo Renato no cargo. Alckmin ouviu ainda de aliados a defesa da nomeação do deputado estadual Paulo Alexandre Barbosa, o segundo mais votado nas últimas eleições.
Barbosa, no entanto, foi adjunto de Gabriel Chalita (PSB), quando este chefiou a pasta. Chalita hoje é aliado da presidente eleita Dilma Rousseff (PT), o que criou um embaraço político.
SEGURANÇA
Já na Segurança, existe a possibilidade de o atual secretário, Antonio Ferreira Pinto, permanecer. Mas, para isso, será preciso dissolver mal-estar que se instalou na cúpula da transição com o noticiário sobre a possibilidade de ele deixar o cargo.
Aliados de Alckmin atribuem ao próprio Ferreira Pinto a divulgação de que haveria um lobby para que ele saísse da chefia da pasta, por estar promovendo investigações contra policiais.
Alckmin teria se sentido pressionado pelo noticiário. Segundo aliados, o tucano entendeu que, se deixar Ferreira Pinto no cargo, passará a impressão de ter cedido a apelos feitos via imprensa.
Se substituí-lo, terá que lidar com os rumores de que cedeu ao lobby contra um secretário que estava trabalhando contra a corrupção.
O governador eleito ainda estuda se fará o anúncio de seu novo secretariado em blocos, ou por meio de indicações individuais.
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