Presidente do Google irá depor ao Congresso em dezembro

Legisladores devem questionar sobre tendências políticas no buscador e intenções da empresa na China

São Paulo

O indiano Sundar Pichai, presidente-executivo do Google, irá depor ao Congresso americano no dia 5 de dezembro, informou nesta quarta-feira (28) o jornal The Washington Post.

O executivo terá que responder legisladores sobre a postura política do gigante de buscas, considerada tendenciosa por alguns republicanos, que já criticaram Facebook e Twitter pelo mesmo motivo.

Sundar Pichai, presidente-executivo do Google; companhia recebe críticas por desenvolver motor de buscas adaptado à China
Sundar Pichai, presidente-executivo do Google; companhia recebe críticas por desenvolver motor de buscas adaptado à China - Chandan Khanna/AFP

O projeto Dragonfly, que criaria um motor de buscas especial para a China, em consonância com as restrições de acesso à informação impostas pelo governo do país, também pode entrar na pauta.

O republicano Bob Goodlatte, presidente da Comissão Judiciária da Câmara, confirmou a audiência e, em comunicado posterior, expressou seu medo de que as plataformas tecnológicas sejam "usadas para suprimir pontos de vista particulares e manipular a opinião pública".

Legisladores do Partido Republicano criticam o Google por silenciar, a partir de algoritmos de busca, notícias, opiniões e usuários ligados à sua visão. Já o presidente Donald Trump acusa a plataforma de promover histórias negativas sobre sua administração.

O Google não falou sobre o assunto ao jornal.

A audiência acontece em um momento delicado para a companhia, que declinou uma solicitação do Congresso em setembro, quando Facebook e Twitter enviaram representantes.

A polêmica em torno do  Dragonfly, projeto que vai contra os ideais defendidos pela companhia ao longo dos anos, gerou uma onda de críticas de colaboradores, que escreveram uma carta aberta nesta terça-feira (27), pedindo o fim do programa. Em um evento em outubro, Pichai declarou que se tratava de um experimento. 

Além disso, a Alphabet, controladora do Google, encerrou a rede social Google+ depois da exposição indevida de dados de mais de 500 mil usuários em outubro.

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