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Meta lança ferramentas para separar anúncios de conteúdo nocivo

Anunciantes vão poder escolher três níveis de risco para posicionar conteúdo publicitário

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Katie Paul
Reuters

A Meta Platforms disse nesta quinta-feira que está lançando um sistema há muito prometido para os anunciantes determinarem onde seus anúncios serão exibidos, em resposta às demandas de anunciantes para distanciar seu marketing de publicações controversas no Facebook e no Instagram.

O sistema oferece aos anunciantes três níveis de risco que eles podem selecionar para o posicionamento de seus anúncios, com a opção mais conservadora excluindo a exibição acima ou abaixo de publicações com conteúdo sensível, como representações de armas, insinuações sexuais e debates políticos.

Logo da Meta, holding dona do Facebook e do Instagram, é visto atrás de um smartphone com outro logo da empresa
Logo da Meta, holding dona do Facebook e do Instagram, é visto atrás de um smartphone com outro logo da empresa - Dado Rubic/Reuters

A Meta também fornecerá um relatório por meio da empresa de medição de publicidade Zefr mostrando aos anunciantes do Facebook o conteúdo preciso que apareceu perto de seus anúncios e como ele foi categorizado.

Samantha Stetson, vice-presidente da Meta para o Conselho de Clientes e Relações Comerciais da Indústria, disse esperar que a companhia introduza controles mais detalhados ao longo do tempo para que os anunciantes possam especificar suas preferências em torno de diferentes questões sociais.

Stetson também disse que os primeiros testes não mostraram uma mudança significativa no desempenho ou no preço dos anúncios colocados usando configurações mais restritivas, acrescentando que os envolvidos nos testes ficaram "agradavelmente surpresos".

No entanto, ela alertou que a dinâmica de preços pode mudar, dada a natureza baseada em leilão do sistema de anúncios da Meta e a redução no estoque associada a quaisquer restrições.

Os controles estarão disponíveis inicialmente nos mercados de língua inglesa e espanhola, com planos de expandi-los para outras regiões —e para os formatos de anúncios em Reels, Stories e vídeos da empresa— ainda neste ano.

ANÚNCIOS NA EUROPA

A Meta Platforms está estudando mudanças em suas políticas sobre veiculação de anúncios de cunho político e personalizados para usuários na Europa, de acordo com reportagens da mídia, para limitar o impacto das próximas regulações da União Europeia sobre seus negócios.

Os executivos da Meta estão discutindo a proibição de anúncios políticos online na Europa devido a preocupações de que o Facebook e o Instagram não consigam cumprir novos regulamentos da UE, publicou o Financial Times nesta quinta-feira.

Os executivos temem que a definição de anúncios políticos sob os planos da UE seja tão ampla que será mais fácil recusar todas as campanhas políticas pagas nos sites da empresa, disse a reportagem, citando duas fontes informadas sobre as discussões.

Enquanto isso, o Wall Street Journal publicou que a Meta pode permitir que os usuários europeus do Facebook e do Instagram optem por não receber determinados anúncios altamente personalizados e oferecer uma versão de seus serviços que os direcionaria apenas para anúncios baseados em categorias abrangentes.

Em dezembro do ano passado, a Comissão Europeia alertou a Meta de que a empresa estava violando as leis antitruste da UE ao impor condições comerciais desleais a serviços concorrentes de anúncios classificados online.

A Meta não respondeu aos pedidos da Reuters para comentar as duas reportagens.

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