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Microsoft cobrará mais por uso corporativo de IA e promove busca protegida no Bing

Companhia afirmou que os clientes corporativos pagarão US$ 30 por usuário, por mês, pela ferramenta de inteligência artificial

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Reuters

A Microsoft disse nesta terça-feira (18) que cobrará pelo menos 53% a mais pelo acesso a novos recursos de inteligência artificial (IA) em softwares usados por empresas, em um vislumbre do lucro inesperado que espera colher da tecnologia.

A empresa também disse que disponibilizará uma versão mais segura de seu mecanismo de busca Bing para as empresas, com o objetivo de atender às preocupações sobre proteção de dados, aumentar o interesse das companhias por IA e melhorar seu nível de competição com o Google.

Na conferência virtual Inspire, a companhia afirmou que os clientes corporativos pagarão US$ 30 por usuário, por mês, pela ferramenta de inteligência artificial do Microsoft 365 chamada Copiloto. O sistema promete redigir emails no Outlook, escrever documentos no Word e tornar praticamente acessíveis todos os dados utilizados por um funcionário por meio de um chatbot.

O valor significa que a ferramenta poderá triplicar os custos para alguns clientes da Microsoft.

Logo da Microsoft está em fachada de prédio
Logo da Microsoft no prédio da empresa em Beijing, na China - Tingshu Wang - 25.mai.23/Reuters

Em uma entrevista, Jared Spataro, vice-presidente corporativo da Microsoft, disse que a ferramenta se paga por meio de economia de tempo e ganhos de produtividade. O Copiloto resume as conferências realizadas pelo sistema de reuniões online Teams, por exemplo.

"Você não precisa mais fazer anotações nas reuniões, não precisa participar de algumas reuniões", disse ele. "Isso apenas muda a maneira como você trabalha."

Spataro se recusou a prever a receita do Copiloto, que pelo menos 600 empresas testaram desde o lançamento em março. O programa de IA ainda não está disponível para todos.

Enquanto isso, a Microsoft está indicando às empresas o Bing Chat Enterprise, um robô em seu mecanismo de busca que pode gerar conteúdo e que é incluído em assinaturas utilizadas por cerca de 160 milhões de trabalhadores.

Ao contrário do mecanismo de busca Bing público, a versão corporativa não permite nenhuma visualização ou salvamento de dados do usuário, promete a Microsoft. Um funcionário teria que fazer login com credenciais de trabalho para obter essas proteções.

O lançamento segue a crescente preocupação do setor com funcionários inserindo informações que seriam confidenciais em chatbots públicos, que revisores humanos podem ler ou a IA pode reproduzir.

Questionado se os usuários do Bing estão desprotegidos, Spataro disse que a Microsoft deixou claras suas políticas de privacidade e está ansiosa para levar a IA aos consumidores. A empresa também anunciou a capacidade de fazer upload de imagens e pesquisar conteúdo relacionado a elas, como o Google permite.

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