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Entenda o lançamento do iPhone 15 em cinco gráficos

Empresa deve apresentar nova linha dos smartphones em evento transmitido ao vivo nesta terça (12)

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Nick Turner
Bloomberg

O lançamento anual do iPhone é sempre o momento mais importante do ano para a Apple —uma oportunidade de impressionar os consumidores com seu modelo mais recente e de preparar a temporada de vendas de fim de ano.

Mas a empresa fez uma aposta maior do que costuma na nova linha do iPhone 15, que será apresentada a partir das 14h (horário de Brasília) desta terça-feira (12). A gigante da tecnologia está procurando acabar com diversos trimestres consecutivos de vendas fracas —sua mais longa desaceleração em duas décadas— e criar entusiasmo entre os consumidores por uma atualização envolvendo um modelo dotado de novos recursos.

USB tipo C (foto) deve ser novo padrão adotado pela Apple a partir do iPhone 15
USB tipo C (foto) deve ser novo padrão adotado pela Apple a partir do iPhone 15 - Dado Ruvic - 27.out.2022/Reuters

A Apple está enfrentando a desaceleração da demanda por smartphones que afeta todo o setor, e temores de uma reação contra a tecnologia de marcas americanas na China, seu maior mercado internacional. E o mais recente modelo do iPhone mudará para o sistema de recarga padrão USB-C, o que pode irritar os consumidores que têm gavetas cheias de acessórios Lightning.

A Apple também acaba de renovar um contrato para obter chips de modem da Qualcomm, o que sinaliza que o esforço para produzir seus próprios componentes está demorando mais do que o esperado.

Mas a empresa tem diversos fatores a seu favor, entre os quais um iPhone com recursos novos e atraentes. E a demanda pelo produto tem se sustentado melhor do que a dos rivais equipados com o sistema operacional Android. A Apple também conseguiu atrair número maior de consumidores para os modelos mais sofisticados, o que a ajuda a cobrar preços mais altos.

1. O principal produto da Apple

O iPhone é a maior fonte de receita da Apple, gerando cerca de metade de suas vendas. Se acrescentarmos o Apple Watch e os AirPods, que também terão modelos atualizados revelados no evento, essa proporção chega perto dos 60%.

2. Uma queda nas vendas

Todo o setor de smartphones está em baixa, e a Apple não ficou imune. As vendas lentas do iPhone reduziram sua receita geral, que este ano deve cair pela primeira vez desde 2019.

As vendas devem começar a se recuperar no primeiro trimestre fiscal de 2024, que vai até dezembro.

3. Mais iPhones de luxo

A Apple tem direcionado seus compradores cada vez mais para seus celulares mais sofisticados, equipando-os com recursos exclusivos e chips mais potentes. Essa tendência continuará este ano, e a expectativa é de que a empresa aumente os preços, pelo menos em alguns mercados.

4. Desempenho superior ao dos rivais

A Apple resistiu à desaceleração nas vendas de smartphones melhor do que a maioria dos fabricantes. Embora suas remessas de celulares tenham caído em 2% no último trimestre, de acordo com a IDC, o resultado é melhor do que o declínio de 15% sofrido pela Samsung Electronics. O desempenho ajudou a Apple a ampliar um pouco sua participação de mercado.

5. Preocupações com a China

Uma questão importante é se os consumidores chineses aceitarão o iPhone 15 da mesma forma que fizeram com os modelos anteriores. O mercado do país tem sido um ponto positivo para a Apple recentemente, mas as proibições do governo alimentaram temores de que o sentimento poderia se voltar contra a empresa. Um novo smartphone da Huawei Technologies equipado com um processador rápido também pode desviar demanda que seria dirigida ao iPhone.

Tradução de Paulo Migliacci

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