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'World of Warcraft' se aproxima dos 20 anos pensando nos próximos 20

Ancião dos MMOs, jogo tenta se manter atual e atrair novos jogadores sem desagradar antigos fãs

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São Paulo

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Em uma indústria em que muitos jogos "live service" deixam de existir depois de alguns poucos meses, "World of Warcraft" pode ser considerado um ancião, com quase 20 anos —foi lançado em 2004.

"Não queremos dizer que somos velhos, mas como você sabe, a indústria amadureceu e os MMOs certamente amadureceram. É um grande desafio amadurecer junto e, olhando para os próximos 20 anos, é nisso que vamos nos concentrar: para onde vamos a partir daqui?", afirmou Holly Longdale, vice-presidente e produtora executiva de "World of Warcraft", à Folha.

Imagem do jogo 'World of Warcraft', da Blizzard
Imagem do jogo 'World of Warcraft', da Blizzard - Divulgação

Por que isso importa: o RPG da Blizzard é considerado um dos MMOs (jogos online multiplayer massivos) de maior sucesso no mundo. Tem mais de 100 milhões de jogadores cadastrados e estimativa de cerca de 5 milhões de assinaturas ativas —a empresa não divulga o número oficialmente.

Sua popularidade estabeleceu balizas para a forma como os jogos como um serviço funcionam —tanto em relação ao ritmo de lançamento de novos conteúdos quanto às estratégias de monetização.

Novidade x Tradição

O sucesso também cria dificuldades para os desenvolvedores. Com uma comunidade de fãs numerosa e exigente, a inclusão de novos conteúdos e mecânicas deve ser pensada com cautela para que não desagrade a base de jogadores já instalada.

"Nossa responsabilidade é cuidar das milhões de pessoas que escolhem passar seu tempo em Azeroth [local fictício em que o jogo se passa] conosco. Ouvi-las, dar o que elas precisam e continuar a evoluir a experiência para elas", afirma Ion Hazzikostas, diretor do jogo.

Holly Longdale, vice-presidente e produtora executiva de 'World of Warcraft', e Ion Hazzikostas, diretor de 'World of Warcraft'
Holly Longdale, vice-presidente e produtora executiva de 'World of Warcraft', e Ion Hazzikostas, diretor do jogo - Divulgação

Sem obrigações

Ainda que vejam obstáculos para implementar mudanças nesse cenário, o norte que os desenvolvedores buscam seguir é não impor nenhum tipo de conteúdo ao jogador. Resposta que encaixa perfeitamente com um game que se destaca pela variedade de atividades que podem ser realizadas pelos jogadores.

"Nós tentamos oferecer um conteúdo com toneladas de diferentes opções para que os jogadores possam fazer o que eles quiserem e, se for o caso, ignorarem as partes do jogo que eles não gostam tanto", diz Ion.

"Nós nos consideramos um jogo de ‘lifestyle’. É lá que as pessoas entram para conversar com seus amigos e fazer todo o tipo de atividade. O desafio é continuar sendo relevante, tendo certeza de que tudo permanece atualizado", complementa Holly.

IA contra toxicidade

Mesmo depois de tantos anos, o comportamento tóxico de uma minoria de jogadores é um problema de títulos multiplayer online como "World of Warcraft". O desenvolvimento de novas ferramentas de inteligência artificial e "machine learning", porém, renovam as esperanças dos desenvolvedores no combate a esse problema.

"Recentemente implantamos um sistema que, antes que a mensagem seja exibida para o destinatário, detecta se ela contém xingamentos ou discurso de ódio. Alertamos o recebedor e perguntamos se ele quer ver e se deseja denunciar a pessoa que mandou a mensagem", diz Ion, que afirmou haver ainda um esforço integrado dentro da Blizzard —incluindo outros jogos, como "Overwatch"— para inibir o mau comportamento dos jogadores.


Play

dica de game, novo ou antigo, para você testar

Moonstone Island

(PC)

O jogo de estreia do estúdio Supersoft recorre a uma série de fórmulas de sucesso nos games. Trata-se de um "jogo de fazendinha" ao estilo de "Stardew Valley", com mecânicas de simulador de namoro e arte inspirada nos filmes do Studio Ghibli. É também um game de RPG ao estilo "Pokémon", em que o jogador precisa capturar monstrinhos e utilizá-los em batalhas por turnos para avançar na história. Além disso, incentiva a exploração, com áreas secretas e quebra-cabeças que parecem tirados dos jogos 2D da série "Zelda". Apesar da inspiração em tantos clássicos, não se trata de um simples plágio. Várias dessas mecânicas clássicas foram revitalizadas, resultando em uma aventura totalmente original.

Uma cópia do jogo foi cedida para teste.

Imagem do jogo 'Moonstone Island'
Imagem do jogo 'Moonstone Island' - Divulgação

Update

novidades, lançamentos, negócios e o que mais importa

  • Uma série de documentos de 2022 com informações sigilosas e planos da Microsoft para o futuro vazou em meio a documentos apresentados à Justiça americana no processo que o FTC abriu contra a compra da Activision Blizzard. As principais revelações:
    • Em um email interno, o chefe da Xbox, Phil Spencer, mostrou vontade de fazer uma proposta de aquisição da Nintendo. A ideia foi descartada porque a empresa japonesa estaria "sentada em uma pilha de dinheiro".
    • Spencer afirmou que levar um título de primeira linha para o Xbox Game Pass custaria de US$ 300 milhões (no caso de "Star Wars Jedi Survivor") a US$ 5 milhões ("Return to Monkey Island").
    • A Bethesda estaria preparando para o futuro os lançamentos de "Dishonored 3" e versões remasterizadas de "The Elder Scrolls 4: Oblivion" e "Fallout 3", além de uma sequência para "Ghostwire: Tokyo", entre outros.
    • A empresa tem planos de lançar os consoles sucessores do Xbox Series X e S em 2028. Antes disso, porém, a empresa planejava lançar versões aprimoradas dos produtos atuais no ano que vem, incluindo um Series X sem drive de disco.
    • Também para 2024, a empresa planejava lançar um novo controle com feedback háptico (como o DualSense, da Sony) e a possibilidade de rodar diretamente jogos na nuvem.
  • Phil Spencer lamentou no X o vazamento e afirmou que muitas das informações e planos revelados estão desatualizados. "Vamos compartilhar os planos reais quando estivermos prontos", disse.
  • Em meio aos vazamentos, pelo menos uma boa notícia para a Microsoft. O CMA, órgão regulador da concorrência no Reino Unido e última barreira para a conclusão da compra da Activision Blizzard, deu aprovação provisória para o negócio. Uma decisão definitiva deve sair até 18 de outubro.
  • Após o desastrado anúncio de sua estratégia de monetização, a Unity fez uma série de revisões sobre sua nova taxa. Entre as mais significativas estão a isenção para games desenvolvidos com a versão grátis do "engine", a possibilidade de optar por um modelo de cobrança por divisão de receita e a não aplicação da taxa para jogos prontos ou perto do lançamento.
  • Em meio a divergências entre senadores sobre a inclusão dos "Fantasy Sports" no Marco Legal dos Games, o projeto foi retirado da pauta de votação do Senado após sessão temática na última quarta (20). Nesta semana, a proposta deve ser encaminhada para análise de outras comissões da Casa, começando pela de Educação e Cultura.
  • A reestruturação (ou derretimento?) do Embracer Group continua. A empresa demitiu mais de 24 funcionários do estúdio Beamdog dias depois do lançamento do jogo de tiro cooperativo "Mythforce". Já a Saber Interactive (subsidiária da Embracer) anunciou que não fará conteúdos extras para o multiplayer "Evil Dead: The Game".
  • O estúdio brasileiro de jogos mobile Wildlife anunciou uma parceria com a Lionsgate e a Millenium Media para incluir em seu jogo "War Machines" elementos da série de filmes de ação "Os Mercenários", incluindo personagens do último filme da franquia, "Os Mercenários 4".

Download

games que serão lançados nos próximos dias e promoções que valem a pena

28.set

"Chipmonk!": R$ 24,99 (Switch), preço não disponível (PS 4/5, Xbox One/X/S)

"Infinity Strash: Dragon Quest The Adventure of Dai": R$ 249,90 (PC), R$ 319,90 (PS 4/5, Switch, Xbox X/S)

"Sonic Frontiers: The Final Horizon"*: grátis (PC, PS 4/5, Switch, Xbox One/X/S)

29.set

"Cocoon"**: R$ 51,99 (PC), R$ 99,99 (Switch), preço não disponível (Xbox One/X/S)

"Cypher 007": grátis*** (iOS)

"EA Sports FC 24": R$ 319 (Switch), R$ 359 (PC, PS 4/5, Xbox One/X/S)

2.out

"Bilkins' Folly": R$ 59,99 (Switch), preço não disponível (PC, PS 4/5)

3.out

"Disgaea 7: Vows of the Virtueless": R$ 314,99 (Switch), preço não disponível (PC, PS 4/5)

"Scorn": R$ 199,50 (PS 5)

"Silent Hope": R$ 125,99 (Switch), preço não disponível (PC)

*Expansão

**Disponível no Xbox Game Pass

***Com assinatura do Apple Arcade

Promoção da semana

  • A Sony anunciou uma promoção para a pré-venda do PlayStation 5 com o jogo "EA Sports FC 24". O conjunto sai por R$ 4.199,90 nos principais varejistas do país, desconto de R$ 600 em relação ao preço original. A oferta vai até 15 de outubro.

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