Descrição de chapéu Viaja SP

Nordeste divide com Ubatuba a preferência entre praias no Brasil

Piscinas rasinhas de águas cristalinas marcam o litoral de Pernambuco e Alagoas, favoritos dos paulistanos

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São Paulo

Eleger a melhor praia do Brasil é tarefa ao mesmo tempo agradável e complicada. Não à toa, os resultados da pesquisa Datafolha para o especial Viaja SP mostram que o paulistano não tem uma única faixa de areia favorita no país, mas várias —as do Nordeste foram o destaque, sem esquecer Ubatuba, a queridinha local.

Neste ano, três praias ficaram tecnicamente empatadas, dentro na margem de erro da pesquisa: a já citada Ubatuba (6%), Fernando de Noronha (5%) e Maragogi (5%).

A mesma pesquisa quis saber também qual a praia preferida do Nordeste. O resultado foi ainda mais acirrado, com um empate quádruplo entre Maragogi (7%), Porto de Galinhas, Jericoacoara e Maceió —todas com 6%.

Vista aérea de Maragogi, onde as águas azul-turquesa encontram uma faixa de areia dourada, ladeada por uma vegetação verdejante e coqueiros. Um barco branco navega perto da costa
Vista aérea da praia de Maragogi - Divulgação

Diferente de outros pontos da costa brasileira, a porção leste do litoral nordestino, onde ficam três das quatro favoritas, é cercada por grandes recifes de corais que, na baixa das marés, revelam piscinas rasinhas, de águas cristalinas, que fazem a cabeça dos paulistanos. Tanto na alagoana Maragogi como na pernambucana Porto de Galinhas, o barato é curtir esse fenômeno.

Em Maceió, capital de Alagoas, o recuo do mar na praia de Ponta Verde permite aos banhistas caminhar cerca de 500 metros mar adentro pelo Caminho de Moisés, um banco de areia assim apelidado por remeter à passagem bíblica em que o líder dos hebreus abriu caminho em meio ao mar.

Em Maragogi, mais ao norte, as opções são diversas: estão lá as galés, as taocas, a Barra Grande e a Lagoa Azul. Todas versões do mesmo fenômeno, as piscinas naturais, cujas águas são cristalinas graças às lagoas e mangues que filtram os sedimentos trazidos pelos rios.

Mais ao norte, em Porto de Galinhas, já em Pernambuco, a vibe é parecida, mas com a comodidade de estar a apenas a uma hora de estrada do aeroporto do Recife.

A centenas de quilômetros dali, já na porção norte da costa nordestina, fica Jericoacoara, onde o principal atrativo não são recifes, mas os fortes ventos alísios que sopram sem cessar, formando as dunas do parque Nacional e fazendo do local um dos melhores do mundo para o kitesurfe.

Aos menos radicais, Jeri oferece atrativos mais tranquilos, em que a calmaria e a contemplação são o carro-chefe.

É possível acordar antes do sol nascer e começar o dia visitando a Pedra Furada, principal cartão-postal da vila, fazendo uma trilha pelo morro do Serrote. E, para quem estiver sentindo falta das piscinas, a dica é passar algumas noites hospedado às margens da lagoa do Paraíso, de água doce, que fica em Jijoca, cidade que dá acesso a Jericoacoara.

Por fim, a 600 km do continente, Fernando de Noronha traz uma abundância de vida marinha indescritível. Visitar a ilha é como estar em uma outra dimensão, na qual a natureza ainda parece intocada. Mesmo nas praias de mais fácil acesso, é possível observar peixes, arraias e tartarugas vivendo como se os humanos nunca tivessem chegado ali.

Com tantas opções, dá para entender o empate registrado pelo Datafolha. Talvez o melhor a fazer seja se programar para curtir cada uma delas.

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