A ginástica artística nunca antes havia visto uma nota dez perfeita nas Olimpíadas. Até que a romena Nadia Comaneci fez isso.
A data? 18 de julho de 1976. O contexto? Os Jogos Olímpicos de Montreal, no Canadá.
Comaneci tinha 14 anos quando alcançou o feito inédito nas barras assimétricas.
Nem mesmo o marcador estava preparado. Programado para exibir apenas três dígitos, o público só conseguia ler a nota 1.00 ao invés do 10 perfeito que Comaneci tinha conseguido executar.
Não satisfeita, ela repetiu o "perfect 10" naquele mesmo ano outras seis vezes, nas barras e na trave olímpica, saindo do Canadá com três medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze.
Outros ginastas conseguiram alcançar a marca ao longo da história, mas essa é uma façanha que não pode ser mais feita. Afinal, muitos desses atletas estavam alcançando notas altas fazendo boas execuções de séries com dificuldade mínima.
Em 2006, a Federação Internacional de Ginástica atualizou o sistema de pontuação, dividindo as notas entre execução e dificuldade. Assim, deixou de existir uma nota máxima como referência para a pontuação.
O sistema é mais complexo, mas é ele que explica, por exemplo, o último ouro da brasileira Rebeca Andrade nas Olimpíadas de Tóquio.
No salto, ela garantiu uma média de 15,083 pontos, superando as demais competidoras e conquistando a primeira medalha de ouro da ginástica feminina do Brasil.
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