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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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O remédio

A diferença do Brasil do primeiro para o segundo tempo é da água para o vinho, do sal para o açúcar, de Paulinho para Fernandinho. O volante do Manchester City foi convocado para ser o reserva de Luiz Gustavo e será o titular na vaga de Paulinho. A mudança não foi na qualidade individual, mas na maneira como a seleção jogou: muito mais coletiva.

As bolas longas de Thiago Silva direto para os atacantes, como se não houvesse meio de campo, deram lugar às saídas pelo chão. De Daniel, Thiago Silva, David Luiz... Sempre havia Fernandinho como opção para o passe. Não pode deixar de ser titular.

Parreira, e não Felipão, entrou no túnel do intervalo dizendo a palavra-chave: "Se puser mais a bola no chão, o jogo vai ficar melhor para a seleção". É esse o segredo. O Brasil sabe ser o time de Felipão, agressivo na marcação por pressão e na tentativa de chegar à finalização o mais rapidamente possível. Às vezes precisa mais do estilo Parreira. Ter paciência para trocar passes e fazer a infiltração sem pressa, com troca de passes.

Mas, se Fernandinho vai ser o titular, qual sua vantagem sobre Ramires e Hernanes, convocados à suplência de Paulinho? Hernanes é mais passador, Ramires, carregador de bolas. Fernandinho se parece mais com Paulinho: infiltrador, aparece como elemento-surpresa.

Paulinho sairá por ser símbolo do abalo emocional. Fernandinho não tem esse problema. Em 2003, fez até o gol do título mundial sub-20 da seleção.

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