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07/11/2012 - 08h37

Júri de Carla Cepollina entra no 3º dia e deve terminar hoje

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DE SÃO PAULO

O julgamento da advogada Carla Cepollina será retomado na manhã desta quarta-feira na Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. Ontem, ela foi ouvida e insinuou que o assassinato do coronel Ubiratan Guimarães possa ter sido executado por um policial militar que assessorava o então deputado estadual candidato à reeleição em 2006.

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Delegada diz que teve relações sexuais com coronel Ubiratan

O policial em questão era o chefe de campanha de Ubiratan, o coronel da reserva Gerson Vitória, que morreu cerca de um mês atrás, de câncer e era o melhor amigo do coronel, segundo um familiar de Ubiratan. Esse mesmo familiar, que pediu anonimato à Folha, disse não acreditar nessa versão.

Carla encerrou seu depoimento na noite de ontem reforçando que não tem culpa na morte do coronel. "Todo crime deixa um rastro. A acusação não tem nenhuma prova científica contra mim, apesar dos laudos adulterados e da sacanagem que fizeram comigo", afirmou.

Cepollina é acusada de matar em 2006 o então namorado, o coronel Ubiratan, comandante do Massacre do Carandiru e será julgada por homicídio triplamente qualificado (por crueldade, motivo fútil e sem chance de defesa).

Hoje, o julgamento continuará com debate entre defesa e acusação. Em seguida os jurados se reúnem para decidir se ela é culpada ou inocente. Por fim, o juiz estabelece a sentença.

Para o juiz aposentado Luiz Flávio Gomes, a pena ficará entre 12 e 30 anos se Carla for condenada por homicídio triplamente qualificado. Há a possibilidade ainda, diz o juiz, de que ela seja absolvida por não haver prova direta --isto é, não há como comprovar que ela tenha cometido o crime.

CARLA CEPOLLINA

Carla Cepollina, 46, responde em liberdade e nunca foi presa. Se condenada, pode ficar 30 anos na prisão.

De família rica, estudou no colégio Dante Alighieri, um dos mais tradicionais de São Paulo. Boa aluna, cursou administração na FGV (Fundação Getulio Vargas) e direito na USP.

Segundo a mãe, Liliana Prinzivalli, a filha e o coronel se conheceram por meio de um parente de Carla, da Polícia Militar. Namoraram por dois anos e meio.

Desde que foi acusada, Carla passou a trabalhar fazendo traduções e administrando os bens da família.

Liliana diz que a filha deixou de ter vida social. "Uma acusação dessa pesa muito."

CRIME

Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, o coronel Ubiratan foi baleado em seu apartamento, nos Jardins (zona oeste), no dia 9 de setembro de 2006.

A investigação da polícia apontou Cepollina como única responsável pelo crime. Ela foi a última pessoa a ser vista entrando no apartamento, e, segundo a polícia, sua motivação seria o ciúme.

Ela foi indiciada pela polícia e denunciada pelo Ministério Público sob a acusação de homicídio duplamente qualificado --por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

 

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