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14/11/2012 - 13h06

Ayres Britto chama de 'triste' afirmação de ministro sobre prisão

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MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Carlos Ayres Britto classificou nesta quarta-feira de "triste" a declaração do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) que "preferia morrer" a ficar preso no sistema penitenciário brasileiro.

Prisão brasileira é 'medieval' e viola direitos, afirma ministro da Justiça
Ministro diz que 'preferia morrer' a passar anos em prisão brasileira

Segundo Ayres Britto, no entanto, é preciso compreender que a fala representa o sentimento de um "humanista" que trabalha para melhorar o cenário carcerário do país.

"Por um lado [a declaração], é triste, mas, por outro, mostra a sensibilidade dele que é um humanista, um cultor do direito que vem se empenhando muito pela humanização dos estabelecimentos penitenciários", disse.

A afirmação de Cardozo foi feita ontem durante um almoço com 300 empresários na zona sul de São Paulo.
"Do fundo do meu coração, se fosse para cumprir muitos anos em alguma prisão nossa, eu preferia morrer", disse ministro.

O ministro também classificou como "medievais" as condições das prisões brasileiras. "Quem cometeu crime pequeno sai de lá criminoso maior", completou.

Cardozo afirmou também ser contra a prisão perpétua e pena de morte. "Não é porque eu não tenho um sistema correto que vou penalizar situações definitivas; pena não é castigo, é a oportunidade para ser reinserido", disse o ministro durante o encontro organizado pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais), em um hotel no Brooklin.

 

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