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01/03/2013 - 03h30

Conselho do patrimônio diz ser contra condomínio-bairro em SP

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JAIRO MARQUES
DE SÃO PAULO

Nova diretora do DPH (Departamento do Patrimônio Histórico) e também nova presidente do Conpresp (conselho municipal do patrimônio), a arquiteta Nádia Somekh avalia que os chamados "condomínios-clubes" e "condomínios-bairros" passarão a ter dificuldades de conseguir aprovação para serem erguidos em São Paulo.

Somekh, que é do quadro de professores do Mackenzie, diz que a gestão Haddad só deverá apoiar empreendimentos que apresentarem projetos de "valorização de espaços públicos, do patrimônio histórico e com benefícios para a sociedade".

"A cidade de condomínios fechados é a 'anticidade' e não oferece qualidade urbana. É preciso ultrapassar a dimensão do empreendimento único", afirma, citando a necessidade de compensações dos impactos causados. "O direito de construir vai ter de financiar ações de espaços públicos, de recuperação de bens tombados, de construção de moradias populares."

Apesar de não terem poderes de barrar a construção de grandes condomínios, os órgãos agora dirigidos pela arquiteta auxiliam no planejamento urbano e tem voz em decisões de governo.

Algumas das metas da nova presidente do Conpresp vão ao encontro do que traçou a também novata na presidência do Condephaat (conselho estadual do patrimônio), Anna Lúcia Duarte Lanna, arquiteta da USP.

Ambas pretendem dar mais "agilidade" em processos, planejam projetos conjuntos nas esferas públicas e querem participação social.

"Cada vez mais as questões do patrimônio afetarão a sociedade porque não são só as pessoas que estão envelhecendo, a estrutura urbana e as memórias também estão. Por isso, é importante ampliar o diálogo", diz Lanna.

Defensor da criação de polos que concentrem "tudo do que o cidadão precisa", o presidente do Secovi-SP (sindicato da habitação), Claudio Bernardes, diz que "é preciso criar um modelo de urbanismo que diminua os deslocamentos na cidade", mitigando problemas de mobilidade.

 

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