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08/03/2013 - 17h26

Com novo nome, UTI do Hospital Evangélico de Curitiba é reaberta

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ESTELITA HASS CARAZZAI
DE CURITIBA

A UTI geral do Hospital Evangélico de Curitiba voltou a abrir na manhã desta sexta-feira (8), depois de quase duas semanas fechada devido às prisões de médicos e funcionários que trabalhavam no local.

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Seis pessoas --cinco médicos e uma enfermeira-- foram indiciadas pela polícia sob suspeita de provocarem mortes de pacientes para liberar leitos. Todas negam as acusações.

A administração do hospital, que é mantido por 13 denominações evangélicas, promoveu um culto para marcar a reabertura da UTI, dando ênfase à história da instituição e à ideia de que "o momento de crise está superado".

Funcionários e convidados usavam um bóton com um rosto feliz e a expressão "Eu sou SEB [Sociedade Evangélica Beneficente]", que é a mantenedora do hospital.

O acessório integra uma campanha motivacional interna, que foi antecipada depois das prisões para elevar a auto-estima da equipe.

"Trabalhar no Hospital Evangélico é algo vocacional, e nós acreditamos muito nisso", afirma João Jaime Nunes Ferreira, presidente da SEB. "São 54 anos servindo a comunidade, em especial a comunidade carente, e a gente não pode deixar isso de lado."

"Há um sentimento de dor, frustração e principalmente de tristeza", diz o superintendente de saúde da sociedade, Rogério Kampa. "Mas temos certeza que os profissionais [do hospital] têm qualidades, mesmo os colegas que foram denunciados. Nós ainda estamos esperando o resultado disso tudo [das investigações] para daí emitir algum tipo de julgamento."

NOVA EQUIPE

Os funcionários que trabalhavam na UTI geral, sob o comando da médica Virgínia Helena Soares de Souza, que está presa preventivamente, foram todos realocados. A maioria tirou férias, concedidas pela administração.

No total, 60 novos profissionais foram contratados. A UTI também passou por uma reforma e mudou de nome: ela foi somada a outras estruturas e agora se divide em UTI 1, 2 e 3.

As investigações policiais que resultaram nas prisões foram encerradas no início da semana, quando seis pessoas foram indiciadas sob suspeita de homicídio qualificado e formação de quadrilha.

O Ministério Público do Paraná tem o prazo de até segunda-feira para definir se oferece ou não denúncia contra os suspeitos.

 

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